sábado, 28 de setembro de 2024

Ponderações teológicas

Em dois textos, que parecem complementares, Steven Posch instiga minha reflexão.

Citando:

Para nós, com nossa plenitude divina, há divindade para todos.

“Se você quer entender os deuses”, disse Sócrates, “olhe para a excelência”.

Existem outras formas de excelência além de uma forma divina, é claro. Há também a beleza da mente, a beleza do talento, a beleza do comportamento.

No mundo generoso dos paganismos, há divindade para todos.

Retomando.

Steven cita Aquiles. Eu cito Júlio César. Uma personalidade antiga, cujo nome da família tornou-se título nobiliário. Czar e Kaiser vêm de César.
Este tornou-se divino. Ainda que omitido, oculto e negado, o Cristianismo foi construído em torno (ou usando o) do culto à César.
Quando lemos os mitos antigos (aqueles que chegaram até nós), pode-se ver que Zeus tornou-se Rei dos Deuses depois de muita luta. Júpiter e Odin não foram diferentes.
Os Deuses supremos não receberam a coroa por uma questão de origem ou natureza, mas pela conquista.
Portanto a divindade pode ser adquirida, mas poucos conseguem chegar nessa condição.

Vamos passar ao outro texto.
Citando:

Ouvi dizer que uma certa sacerdotisa na Califórnia estava agora regularmente “canalizando” Inanna.

“Será que esperaríamos que Inanna fosse capaz de falar sumério?” ela perguntou.

Esperaríamos que a verdadeira Inanna fosse capaz de falar sumério?

Eu pergunto a você: faríamos isso?

E o que fazemos com uma Inanna que não consegue?

Retomando.

A tradução ficou confusa.
Eu creio que Steven quis dizer (perguntar) se podemos querer ou exigir que a Deusa (ou Deus) canalizada fale sumério ou a língua antiga na qual essa Deusa (ou Deus) foi cultuada.

Eu creio que a questão foi mal formulada.
Qual a língua que nossos Deuses falam?
Algo que me irrita muito no Paganismo Moderno é essa obsessão (anal-retentiva) de proferir cânticos, magias e evocações em línguas antigas.

A língua dos homens não é a língua dos Deuses.
Embora nossa linguagem tenha sido dada, inspirada ou concedida pelos Deuses.
Inanna certamente (como todos os Deuses) é capaz de ouvir, falar e entender qualquer linguagem humana. Por uma questão de teoria de comunicação, é evidente que o divino irá se expressar para a humanidade de uma forma clara, nítida e objetiva.

Inanna irá usar inglês para um público que usa a linguagem anglo-saxônica. Inanna irá usar português para um público que usa a linguagem latina.

Se bem que, geralmente, quando a Deusa vem me visitar, poucas palavras são usadas. Ela costuma mais ficar gemendo.😏🤭

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