quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Não verás país nenhum

Esse é o título do livro de 1983 de Ignácio Loyola Brandão.

Claude Lévi Strauss escreveu em 1955 Tristes Trópicos.

A realidade é pior do que qualquer escritor de ficção científica do gênero distopia poderia imaginar.

Eu vejo as pessoas comentarem sobre a cadeirada de Datena em Marçal.
A intuição diz que ali foi um ato ensaiado como o tiro em Trump e a facada no Inominável.

Afinal, os telejornais vivem disso. Diariamente o público é exposto ao que tem de pior na humanidade. Os reality shows ganham audiência ao expor celebridades fazendo baixarias. Essa é a mesma estratégia do pão e circo dos Césares. O povo, com falta de educação, com pouca alternativa de diversão e cultura, vai se bestializando cada vez mais.

Essa barbárie programada tem a nítida intenção de alienar ainda mais o brasileiro médio comum. Que foi devidamente inculcado com a anti política.

Em um país sério, não seria sequer possível a candidatura de Datena e Marçal.

Paralelo a isso, Rio e Sergipe implementaram o Dia do Conservadorismo. Tem algo a comemorar?

Como se não bastasse a iniciativa esdrúxula do PT em divulgar uma cartilha para lidar com o evangélico, o presidente, por politicagem, institui o Dia do Pastor e Pastora Evangélicos. Também reconhece a contribuição cultural do Cristianismo e visa leis para proteger essa crença. Quem vai nos proteger da “contribuição cultural” dos cristãos? Diariamente vemos intolerância religiosa e discurso de ódio disfarçados de pregação.

Em um país doente, alienado e emburrecido, eu fico pasmo com uma não notícia.

As pessoas comentando a prótese de silicone de Duda Guerra.
Reclamam que ela é uma criança. Tem 16 anos. Fez prótese de silicone.
Ela não é uma criança.

O último a sair apague a luz.

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