quarta-feira, 11 de setembro de 2024

A dificuldade do intelectual

A little less conversation, a little more action, please
All this aggravation ain't satisfactioning me
A little more bite, a little less bark
A little less fight and a little more spark
Close your mouth and open up your heart, and baby, satisfy me
Satisfy me, baby

-Little Less conversation, Elvis Presley.

I won't feel guilty
No matter what theyre telling me
I won't feel dirty and buy into their misery
I won't be shamed cause I believe that love is free
It fuels the heart and sex is not my enemy
A revolution is the solution

-Sex os not the enemy, Garbage.

Vamos falar daquilo?

Ghiraldelli, aquele que se autodenomina filósofo paulista, tem dificuldade em falar de sexo.

Outros filósofos/celebridades como Pondé, Cortella e Karnal têm outros pensamentos.

Pondé é o típico filósofo puritano que escreve para agradar ao burguês conservador.

Cortella, que é mais “liberal” resume (confunde?) amor e sexo e tasca uma frase de Oscar Wilde que sexo tem a ver com poder.

Karnal expõe sobre suas próprias perspectivas e experiências.

Alguns pensadores/psicólogos que falaram de sexo: Reich, Foucault, Marcuse, Lacan.

Mas eu prefiro o pensamento de Donatien Alphonse, vulgo Marquês de Sade. 😏🤭

Ghiraldelli não acrescenta nada. Resume em citar trechos pinçados de Sloterdijk. 
Primeiro fala que sexo é o ato, que é um subproduto da intimidade. Ele comete suicídio intelectual quando diz que o ato sexual não existe.

Ato contínuo, sexo (ou o ato sexual - que não existe, no “raciocínio” dele) não está presente, mas sim a fantasia sexual, a imaginação.

Endossa a confusão de misturar amor e sexo como sinônimos e a mesma coisa. Ele elenca as diversas formas de expressar amor. Ele conclui que o amor de casamento é consumado no ato sexual. Ele não disse algumas linhas antes que isso não existe? Esse conceito ressoa com o conservadorismo do Pondé, longe do real.

Ele não consegue decidir se sexo (ou o ato sexual) é ponto de partida ou de chegada.

Ele então endossa Oscar Wilde, dizendo que sexo (ou o prazer sexual) se faz pelo poder. Tal como Platão, comete sofisma. Como se não tivesse dito que sexo se faz pelo poder, ele depois diz que sexo é perder o controle.

Como filósofo, deveria questionar o que faz uma pessoa perguntar - “foi bom para você?”

Ele chega a cometer um crime ao transparecer um tipo de justificativa para o estupro.

Tranquilamente, como se não tivesse um corpo estendido no chão (ou na cama), volta a dizer que sexo é fantasia, imaginação.

Completamente perdido em sua tentativa de parecer intelectual, compara o gozo masculino e feminino com uma mitologia grega. E resume, atacando os neurocientistas, como se estes afirmassem que o cérebro que goza. Se for assim, os filósofos também não gozam.🤭😏

E para fechar, algo que certamente faria Pondé gozar. Que sexo está condenado, preso, à procriação.

A mulher do Ghiraldelli precisa rever esse relacionamento.

Eu sou provavelmente o único que escreveu uma obra de esoterismo erótico. Eu provavelmente seria condenado (de novo?) se eu expressasse livremente minha filosofia sobre o sexo.

Eu só vou deixar uma reflexão. Sexo não é para ser explicado ou intelectualizado. Sexo é para ser explorado, descoberto e experimentado.

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