terça-feira, 16 de julho de 2024

Cena de cinema

Essa notícia estava, agora à noite, na capa do New York Times, muito antes dos tiros no comício de Donald Trump. E continuava lá depois do atentado contra o fascista:

“Inabaláveis com as acusações de 6 de janeiro de 2021, quando da invasão do Capitólio, republicanos já planejam a contestação da derrota em 2024. Os aliados de Donald Trump estão se preparando para tentar provocar mais um curto-circuito no sistema eleitoral, caso o republicano não vença”.

Não precisa resumir, mas esse é o clima nos Estados Unidos. Os fascistas estão se preparando para repetir o que fizeram em 2020 e 2021. Porque contam com a ajuda da Justiça reacionária e pró-Trump da Suprema Corte.

Os tiros oferecem munição para a estratégia. O que não quer dizer que tenham sido forjados. Nada disso.

O que há é uma combinação de fatores em favor, mais uma vez, da extrema direita. Temos a versão americana da facada, mas com um roteiro que, desde antes de Kennedy, só eles sabem construir.

Se foi mesmo atentado, os democratas podem enfiar a viola no saco. Se não foi, teremos uma série com centenas de temporadas e com final em aberto.

O foco vai todo para os Estados Unidos. Ramagem, Bolsonaro, arapongas, golpistas, muambeiros e milicianos saem de cena. E dizem que Hollywood está em crise.

(https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-plano-dos-fascistas-americanos-esta-pronto-por-moises-mendes/)

O tiroteio que ocorreu no comício de Donald Trump no último sábado (13), e que atingiu o ex-presidente dos EUA de raspão na orelha, está sendo comparado nas redes sociais com o atentado sofrido pelo então candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, em setembro de 2018.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o termo “Trump” era o assunto mais comentado no X (antigo Twitter) sábado a noite, após o republicano ser atingido. Em terceiro lugar, aparecia “Adélio”, em referência a Adélio Bispo de Oliveira, homem que esfaqueou Bolsonaro, quando fazia campanha na cidade de Juiz de Fora (MG).

“The Adelio Effect chegou nos EUA. Agora não tem mais dúvida que o doido da peruca vai levar a eleição”, diz um dos posts.

A comparação entre os dois atos ocorre tanto entre aqueles que são simpatizantes dos dois políticos, tanto entre críticos. Para alguns usuários do X, a tentativa de homicídio e o ferimento na orelha, em conjunto com a imagem tirada de Trump se reerguendo com os punhos levantados, já “reelegeu” o ex-presidente, que está disputando as eleições para ser eleito como presidente dos EUA novamente – assim como Bolsonaro, na época em que levou a facada.

O filho de Bolsonaro e senador do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL), comemorou nas redes a morte do atirador, fazendo referência ao autor da facada em seu pai. “Ao que tudo indica, menos um Adélio”, publicou.

Trump já se pronunciou sobre o ato violento em sua rede social, a Truth Social, e de acordo com o jornal “The Guardian”, o filho do republicano, Donald Trump Jr, falou com o seu pai e disse que ele está bem e de “ótimo humor”.

(https://www.diariodocentrodomundo.com.br/web-compara-atentado-a-trump-com-a-facada-em-bolsonaro/)

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