segunda-feira, 3 de junho de 2024

O chefe de Estado ateu

Alex Solnik escreve no Brasil 247:

"Presidente do Brasil pode ser mulher, negro, trans, gay, cristão, evangélico, judeu, muçulmano; ateu, jamais!”

A pergunta que fica é, o ateu tem algum atributo em si mesmo para ser um bom chefe de Estado?

Nós tivemos o Fernando Henrique Cardoso que se dizia ateu e não foi bom chefe de Estado.

Nós podemos incluir aqui a China e a Coréia do Norte. As condições de liberdade e democracia nesses países são exíguas.

Talvez o Alex esteja reclamando de uma rejeição circunstancial. Repete a ladainha dos “males” da religião e, como é de costume, fala dos crimes cometidos pelas religiões abraâmicas.

Diz Alex que os ateus não discriminam os religiosos de qualquer religião.
Ele esqueceu dos chamados Quatro Cavaleiros do Ateísmo. Richard Dawnkins, Daniel Dennett, Sam Harris e Christopher Hitchens.

Alex: “Vai que ele (ou ela) resolve seguir a sério o conceito de que o estado é laico e tirar todos os crucifixos que decoram as paredes dos Três Poderes de Brasília.”

Alex parece perdido no conceito de Estado laico. Em um Estado laico, nenhuma religião tem preferência, o que é bem diferente de ser irreligioso ou ateu. Um Estado laico não teria datas comemorativas nem feriados vinculados a qualquer religião. Mas como ficaria a cultura nativa?

Uma verdade inconveniente. O ateísmo surgiu dentro da cultura ocidental, mas nenhuma cultura surgiria do ateísmo 🤭😏.

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