quinta-feira, 30 de maio de 2024

De boas intenções...

Diz o ditado que de boas intenções o Inferno está cheio.
Esse é o caso da Gabriela Germano que publicou o texto de título "Deus e intolerância religiosa são incompatíveis".

Citando:

As falhas estarão presentes em todas as igrejas e templos, centros e terreiros, mesquitas e sinagogas, pois são os homens, com suas imperfeições, que as formam e conduzem. O que sempre deve estar acima disso e ser uma busca comum é Deus. E não há nada mais antiDeus do que o preconceito, a pretensão de alguém se julgar superior ao outro porque a crença dele é diferente.

Não adianta ir à missa, ao culto, ao centro ou ao terreiro e continuar sendo hostil com aquele que não compartilha da mesma fé que você.

Retomando.

A base de referência do que o Ocidente conceitua Deus vem da Bíblia e de uma teologia confusa. Eu devo ter escrito em algum lugar que a teologia cristã é um mosaico, um Frankenstein.
O conceito da Gabriela é algo contemporâneo. Desde o início da Era Moderna, o pensamento humanista e secular influenciou o pensamento teológico. Então pega mal para os adoradores do Deus Cristão a inconveniente associação deste (e das organizações religiosas que dizem representá-lo) essas demonstrações costumeiras de intolerância religiosa, segregação e preconceito.

Mas como a base de referência é a Bíblia, o que não falta ali é o desprezo por outros povos e crenças. Ao longo dos quase 2K anos de existência do Cristianismo foi a imposição e erradicação do que foi chamado de heresia.
O ramo neopentecostal vive depreciando as crenças de matriz africana. Isso é "autorizado" e "ordenado" pelo Deus da Bíblia. E a Bíblia (a interpretação da mesma) foi (tem sido) a justificativa para inúmeros crimes.

Infelizmente essa é a realidade, Gabriela.

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