quinta-feira, 2 de maio de 2024

A razão enganada

"Todos os grandes estudiosos das religiões, em todos os tempos e entre todos os povos, confirmam que a crença na existência de Deus é universal. Nunca existiram povos ateus."

"Sendo o ateísmo uma opinião infundada de que não há nada essencialmente feliz e incorruptível, parece levar a alma a um estado de insensibilidade através da descrença na Divindade; e o seu objectivo de não acreditar em Deuses é não ter medo deles, enquanto a Superstição (medo dos Deuses), a sua própria designação indica uma opinião que envolve paixão (sentimento), e uma concepção que engendra um medo que humilha e esmaga um homem, na medida em que ele acredite que existem Deuses, mas que Eles são rancorosos e maliciosos. Pois o ateu parece ser alguém que é insensível ao que é Divino; o homem supersticioso parece ser sensato da maneira errada e, portanto, pervertido. Pois a falta de conhecimento produziu nele uma descrença no Benfeitor; enquanto no outro caso, acrescentou o medo de que o mesmo Poder seja maligno. Consequentemente, o Ateísmo é a Razão enganada, a Superstição é uma paixão que surge de um raciocínio falso."

"Sobre A Superstição", por Plutarco, século I d.c., traduzido por Charles William King.

Fonte: https://gladio.blogspot.com/2024/04/sobre-o-cerne-e-o-mal-do-ateismo.html

Nota: citação no início da postagem tirada de outro blog. Tem vez que o Caturo divulga algo notável.

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