No Patheos, na seção Catholic, na coluna Beloved, Jocelyn Soriano pergunta:
“Se As Pessoas Estão Procurando Por Deus, Por Que Não Conseguem Encontrá-Lo?”
Tudo bem, essa postagem é de novembro de 2023 e eu não encontro mais o comentário que eu registrei na página dela.
Mas eu comentei algo assim:
Talvez as pessoas não conseguem encontrar o divino porque estão procurando no lugar e no jeito errado. O divino não está na igreja nem em textos sagrados. O divino está à nossa volta e dentro de nós.
Enquanto isso, na seção General Christian, na coluna Dreaming of Justice and Mercy, Linda Kruschke escreveu ( até o momento) três vezes que Cristo falou “eu sou”.
Uma pesquisa rápida no Oráculo Virtual (Google) mostra que foram sete vezes. Qualquer um que estude esoterismo e ocultismo vai levantar a sobrancelha.
Tudo bem, o Cristianismo é baseado na doutrina que Cristo é Deus, mas a leitura e interpretação dos textos sagrados mostra que não é bem assim.
No chamado Velho Testamento, que tem a Torah como referência, o Deus ali descrito deixa claro que é o Senhor do Povo de Israel e de nenhum outro.
As profecias que falam da vinda de Cristo são claras sobre as condições para ser determinado quem Cristo é e Yeshua ben Yoseph não preenche essas condições.
As razões da vinda de Cristo também estão previstas nas profecias, mas a Igreja omite que Cristo viria apenas para o Povo de Israel, para prepará-los para a vinda do Reino de Deus e os “outros” teriam como destino o castigo e a punição. Não deixe ser enganado com essa falsa promessa da salvação vendida pelos padres e pastores.
O trecho de onde vem a frase “eu sou o que eu sou” faz parte de uma revelação. Conforme a Torah, Moisés viu uma sarça ardendo sem se consumir, no alto do monte Horebe.
Isso identifica essa entidade como um “genii loci”. Quando o texto sagrado dos Hebreus foi traduzido, foi deixado de lado a palavra Elohim, um nome coletivo. Um conjunto de Deuses, dos quais, Yahweh era o menor.
Que tinha problemas familiares e fez de tudo para ser o Deus Único. Até aceitou o divórcio de sua consorte, Asherah. Mas o “projeto” não estava indo bem e esse Deus tentou aniquilar nossa existência. As guerras que costumam aparecer naquela região tem o dedo dele, pode apostar.
Então os profetas disseram que esse Deus mandaria um mensageiro (um preposto?) para tentar purificar Judá e condenar o restante da humanidade ao Inferno.
Enfim, esse Deus e Cristo tem, digamos, um vínculo empregatício.
Linda não deve ter lido (ou entendido) esse trecho do Evangelho de João (de onde vem as sete vezes do “eu sou”):
Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira.
Plot twist. Cristo identifica o Deus de Israel com o Diabo.
O texto atribuído a João Evangelista soa estranhamente como um texto Gnóstico.
Quando Cristo fala “eu sou”, não é a pessoa, o ser humano. Mas de nossa mente coletiva, nosso espírito coletivo. Resumindo, Cristo não queria seguidores, mas que as pessoas se tornassem Cristo. Sem necessidade da Igreja. Sem necessidade de doutrinas. Sem necessidade de textos sagrados. Sem necessidade de intermediários. Sem necessidade de medo, vergonha ou culpa.
Essa sabedoria não é ensinada.
Nós temos potencial para sermos Deuses.
Liberte-se.
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