Os desenhos e textos de Henfil criticavam abertamente o regime, a censura, a tortura e outras violações de direitos humanos, atitudes que fizeram dele uma voz importante da oposição.
O multiartista participou ativamente de campanhas pela Anistia, Diretas Já! (movimento pela eleições diretas para presidente) e pela melhoria das condições de vida do povo brasileiro.
Nascido em Ribeirão das Neves, Minas Gerais, há exatamente 80 anos neste 5 de fevereiro de 2024, Henfil desenvolveu desde cedo um interesse por desenho e caricatura.
Apesar de enfrentar sérios problemas de saúde durante toda a vida, incluindo a hemofilia, ele se mudou para o Rio de Janeiro na década de 1960, onde sua carreira realmente começou a decolar.
Henfil trabalhou em importantes veículos de comunicação, como o jornal "O Pasquim", que se notabilizou por sua oposição ao regime militar, utilizando o humor e a sátira como formas de resistência.
Além dos personagens em suas tirinhas, Henfil também se destacou por suas crônicas e charges políticas publicadas em jornais e revistas. Ele também publicou livros.
Henfil foi um dos pioneiros na luta contra a AIDS no Brasil, após descobrir que ele e seu irmão, o sociólogo Herbert de Souza (Betinho), estavam infectados com o vírus HIV através de transfusões de sangue contaminado. Sua morte, em 1988, foi um símbolo trágico da negligência com a saúde pública e a questão da AIDS no país.
Henfil deixou um legado de resistência através da arte, demonstrando o poder do humor e da caricatura como instrumentos de crítica social e política. Sua obra continua relevante, sendo estudada e admirada por novas gerações que buscam entender a história recente do Brasil e o papel da arte na sociedade.
Fonte, citado parcialmente: https://revistaforum.com.br/cultura/2024/2/5/henfil-80-anos-humor-pela-democracia-153353.html
Nota: Henfil foi a razão pela qual eu comecei a fazer quadrinhos. Isso foi perdido, eu joguei fora depois que eu não consegui publicar.
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