sábado, 27 de maio de 2023

Vergonha alheia

O dileto e eventual leitor deve ter estranhado eu ter publicado o comentário do Azarão. Veja bem, ainda que pareça, eu não tenho bronca com os cristãos, os ateus, os conservadores e os direitistas.
Eu não tenho um time do coração, mas se tivesse, seria estupidez e idiotice da minha parte em brigar com o Azarão por torcer pelo Corinthians. Ele tem sua forma de perceber e entender o mundo. Ainda que seja limitado e equivocado, ele pode expressar a opinião dele.
Azarão está comprando a fake news feita para combater a lei contra a fake news. E isso tem a ver com a liberdade de expressão e a regulamentação da internet (redes sociais e aplicativos de mensagens). As fake news, o discurso de ódio e os ataques às escolas são motivo suficiente, mas as Big Techs não querem perder dinheiro e evidente que tem gente interessada em seu "direito" de divulgar mentira e discurso de ódio.
Eu escrevi bastante sobre isso em algum lugar aqui. Eu até citei uma súmula do STF.
"A orientação fixada no acórdão foi a de que a garantia constitucional da liberdade de expressão não é absoluta, tem limites jurídicos e não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações que implicam ilicitude penal. No caso concreto, explicita o acórdão: 'O preceito fundamental da liberdade de expressão não consagra o 'direito à incitação ao racismo', dado que um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalência dos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica'".

Caro leitor, faça um esforço e pesquise.

Mas a liberdade de expressão é muito mal utilizada e os meios de comunicação digital é a pior maldição. Depois da massificação e da popularização, concebidas na cultura humana.

O Cristianismo morreu por causa disso, a Wicca (e a Bruxaria) estão nesse processo.
Então causa-me asco ver o surgimento desse canal chamado Witchtok. A necessidade de aprovação e de público é uma doença.

Sim, a busca por publicidade não é novidade, mas ao abrir mão do conteúdo e da história, aquilo que professamos se torna mais um produto de consumo de massa, um kitsch.

A história não pode ser maltratada nem forjada (deixe isso para os cristãos). Steven Posch faz muito isso (infelizmente) falando de regiões e reis lendários como se tivessem alguma conexão com o Ofício.
Meu querido Seth bem Qayin também fez uma enorme salada de pseudo-história. Mas é um direito dele, liberdade de expressão... Ou será que não?🤔

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