sexta-feira, 21 de abril de 2023

O poder de um nome

Por séculos, a humanidade conta as histórias do Reino das Fadas. Depois das tradições orais tem os livros, depois veio o cinema.
O Reino das Fadas viu aparecer, crescer e expandir a Cartoonland. Apareceu uma rixa e a concorrência entre esses personagens desses reinos.
Citado primeiro pelos irmãos Grimm, Rumpelstiltskin agora vive tranquilamente no bairro DreamWorks (a Hollywood de Cartoonland) depois do sucesso do quarto filme da franquia Shrek (eu não estou ganhando um centavo com isso). Embora tenha feito uma ponta no terceiro filme.
Mas ele não alcançou o sucesso por conta própria. Afinal, o que mais tem no YouTube são criaturas que existem unicamente para perturbar. No mundo virtual, essas criaturas são conhecidas como Trolls, mas pouco ou nada tem com as criaturas que habitam o Reino das Fadas.
No original, Rumpel apareceu para a filha do moleiro que, para impressionar o rei, disse que ela era capaz de transformar palha em ouro. Em troca da ajuda, a garota (embora pobre) deu um colar e um anel. Na terceira visita, foi combinado que ela daria a ele o primeiro filho, depois que se tornasse rainha.
Diante da capacidade de fazer ouro, o rei casou com a filha do moleiro e Rumpel veio cobrar o trato. Depois de muita "negociação", foi feito um desafio - se ela adivinhasse o nome dele, o acordo seria anulado.
Por mais dois dias ele veio e a rainha dizia nomes, palpites, tentando adivinhar. No dia derradeiro (o terceiro), graças à ajuda de um mensageiro, a rainha revelou o nome.
Sabe-se (conhecimento esotérico) que conhecer o nome de algo (ou alguém) te dá poder sobre aquilo.
Mas eu posso desdobrar a lenda em outros motivos.
Como o folclore do "changeling", no qual uma criança humana é trocada por uma criança lendária.
Ou, talvez, o conto descrito pelos irmãos Grimm seja oriundo de alguma tradição oral na qual as mães cantarolavam (escolhiam) o nome do recém nascido.

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