terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Cavaleiros latinos

Eu escrevi em algum lugar sobre os romances de cavalaria, sendo que nos países de língua anglo -saxônica o ciclo arturiano é o mais conhecido e citado.

Mas e países de língua latina, tem alguma literatura nesse tema?
Resposta curta: sim.
E tem versão em filme também.
Quem gosta de cinema (ou é mais velho) deve lembrar de El Cid (1961) com Charlton Heston, ator norte americano cuja aparência (e interpretação) é completamente diferente do original  Rodrigo Diaz de Bivar, chamado de El Cid.

Segundo o Wikipédia:

Rodrigo Díaz de Vivar (Burgos, Espanha, 1043 - Valência, 10 de julho de 1099) mais conhecido por El Cid (do mourisco sidi, "senhor") e de Campeador (Campidoctor, Campeão), foi um nobre guerreiro castelhano que viveu no século XI, época em que a Hispânia estava dividida entre reinos rivais de cristãos e mouros (muçulmanos). Sua vida e feitos se tornaram, com as cores da lenda, sobretudo devido a uma canção de gesta (a Canción de Mio Cid), datada de 1207, transcrita no século XIV pelo copista Pedro Abád, cujo manuscrito se encontra na Biblioteca Nacional da Espanha, um referencial para os cavaleiros da idade média.

Outro é Don Quixote, obra de Miguel de Cervantes e que tem diversas versões no cinema. Entretanto, a obra tem um tom de paródia, sátira e ironia, contra os romances de cavalaria e contra o governo. Cervantes foi um gênio, pois conseguiu escrever com maestria uma obra contando a ilusão, demência e melancolia de um velho e suas ilusões/sonhos sobre um ideal dourado inexistente.

Certamente inspirado nesse clássico, foi produzido o filme "O Exército de Brancaleone" (1966), eu recomendo.

Enquanto brasileiros acreditam serem cavaleiros em uma santa cruzada, a prisão ou o manicômio parecem ser o destino mais provável. O Brasil está empestado de centenas de Don Quixotes, perdidos na ilusão, demência e melancolia de suas ilusões/sonhos sobre um ideal dourado inexistente.

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