quinta-feira, 7 de março de 2019

Vigésima revelação

O amor é apenas uma palavra, 
cujo conceito, dado pelo Homem, 
está bem longe do que este compreende e pratica. 

Por pura incompetência ou excesso de pretensão, 
medo de aceitar os instintos, 
mania de superestimar a inteligência; 
criam-se empecilhos, obstáculos, protocolos, 
burocracias, cerimoniais, ritualismos. 

A coroa do homem é a mulher, o cetro da mulher é o homem.
Os que são pares, que se juntem, 
a lei única da carne é o prazer. 

Não basta despir as roupas,
É conveniente tirar essas armaduras, preconceitos, medos e fobias. 

Não recuses, mulher, o que te oferecem; 
não negues, homem, o que te desejem. 
Sexo é instinto, próprio da carne, 
posto que ambos vivem e necessitam. 
O amor é a filosofia do sexo. 

É impressionante a capacidade humana 
de bolar historinhas ou frases de efeito, 
supostamente com o intuito de educar, 
de refletir, de meditar, de induzir a modelos 
ou de inferir exemplos de conduta. 

Com tanta capacidade, 
o que falta a esta humanidade, para pô-los em prática? 

Considerai a natureza. 
Vós podeis ver como é diversa. 
Vós vedes as estrelas e logo descobrirás novas escalas. 
Vós olhais as flores do jardim, 
para que a beleza vos deslumbre. 
Acaso são os animais múltiplos 
graças a algum compromisso? 
As estrelas são brilhantes 
pelo amor que nutrem por um Sol apenas? 
As flores são belas 
por ter uma só abelha a polinizá-las? 
Vossa felicidade não pode ser suprida ou satisfeita por uma pessoa, 
nem vossa vida brilhar por um único amor, 
nem desperdiçar vossa beleza mantendo-vos fiéis a um único eleito.

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