sexta-feira, 22 de abril de 2016

Os quatro teóricos modernos

Quando alguém desperta a curiosidade e tem interesse no Ofício, esta pessoa certamente deve ler e estudar ao menos quatro teóricos da Era Moderna. Francis Barrett, Eliphas Levi, Papus [Gérard Anaclet Vincent Encausse] e sir James Frazer.
Da enciclopédia virtual, o Wikipédia:

Francis Barrett (Londres, 1770 - 1780) foi um ocultista inglês. Barrett segue as tradições medievais que chegaram a ele, através de outras regiões da Europa e Oriente, muitas delas de forma oral. Tomam como base de suas práticas as instruções e manuscritos do Abade Tritemo e Cornelio Agripa. No ano 1825 aproximadamente forma um seleto grupo de discípulos ou aprendizes de magos em Londres (Inglaterra) para estudar, ampliar e preservar esta tradição.

Éliphas Lévi, (8 de fevereiro de 1810 - 31 de Maio de 1875) - pseudómino de Alphonse Louis Constant - foi um escritor, ocultista e mago cerimonialista francês.
O seu pseudónimo "Éliphas Lévi," sob o qual ele publicava seus livros, resultou de pretender ter neles um nome de origem hebraica associando-o mais facilmente a outros cabalistas famosos.
O maior ocultista do século XIX, como muitos o consideram, era filho de um modesto sapateiro. Tinha uma irmã, Paulina-Louise, quatro anos mais velha que ele. Desde sua infância demonstrava um grande caráter de seu talento para o desenho; seus pais introduziram-no ao ensinamento religioso.
Depois disso, aos dez anos de idade ingressou na comunidade do presbitério da Igreja de Saint-Louis em Lille, onde aprendeu o catecismo com o seu primeiro mestre, o abade Hubault, que fazia seleções dos garotos mais inteligentes. Eliphas Levi foi encaminhado por Hubault ao seminário de Saint-Nicolas Du Chardonnet, para concluir seus estudos preparatórios. A vida familiar para ele havia acabado neste momento. No seminário, teve a oportunidade de aprofundar-se nos estudos da filologia, e quando completara seus dezoito anos já era apto para ler a Bíblia no seu contexto original.
No ano de 1830, foi transferido para o seminário de Issy para estudar filosofia. Dois anos depois, ingressou em Saint-Sulpice para estudar teologia. Foi nesse tempo que esteve em Issy que escreveu seu primeiro drama bíblico, Nemrod. No seminário de Saint-Sulpice criou seus primeiros poemas religiosos, considerados de demasiada beleza.
Eliphas Levi foi ordenado diácono em 19 de dezembro de 1835. Em maio de 1836, teria sido ordenado sacerdote, se não tivesse confessado ao seu superior o amor por Adelle Allenbach, cuja primeira comunhão com ele havia realizado. Suas convicções receberam um choque tão grande, que Levi sentiu-se jogado fora da carreira eclesiástica.

Gérard Anaclet Vincent Encausse (Corunha, Espanha, 13 de Julho de 1865 — Paris, França, 25 de Outubro de 1916), mais conhecido pelo pseudônimo de Papus, foi um médico, escritor, ocultista, rosacrucianista, cabalista, maçom e fundador do martinismo moderno.
Discípulo de Joseph Saint-Yves d’Alveydre (1842-1910), um iniciado da Igreja Gnóstica e frequente investigador de muitos grupos ocultos de seu tempo. Um dos mais famosos ocultistas da virada do século, ele foi o fundador da Escola Hermética em Paris, que atraiu muitos estudantes russos e dirigiu revista francesa de ocultismo, L’Initiation. Papus também foi o cabeça de duas sociedades esotéricas, a L’Ordre du Martinisme e a L’Ordre Kabbalistique de la Rose-Croix.
Papus, juntamente com Oswald Wirthe Stanilas de Guaita,sonharam em unir os ocultistas de todo lugar numa fraternidade Rosacruniana reavivadade, uma ordem oculta internacional em que eles esperavam que o Império Russo desempenharia um papel de líder como ponte entre o Leste e o Oeste.
Filho de pai francês, o químico Louis Encausse, e de mãe espanhola, de origem cigana, a senhora Irene Perez, desde 1869 passou a viver com a família no bairro de Montmartre, em Paris. Estudou primeiramente no colégio Rollin e, depois, com 17 anos, começou a freqüentar a Faculdade de Medicina de Paris, onde se graduou com sua tese de doutorado sobre moléstias nervosas, um verdadeiro tratado sobre o assunto.
Teve sua crise de materialismo ainda nos tempos de faculdade, e o contato mantido com alguns membros de diversas ordens ocultistas, dentre eles Stanislas de Guaita, transformou a mera curiosidade em legítimo e profundo interesse pelos assuntos do Ocultismo. Teve como seu iniciador o Marquês Saint-Yves d'Alveydre, que herdou os documentos de um dos principais fundadores do ocultismo francês, Antoine Fabre d'Olivet.
Ainda jovem, começou a estudar os segredos ocultistas, passando horas na Biblioteca Nacional de Paris ou na Biblioteca do Arsenal, analisando os segredos da Alquimia e da Cabala. O nome "Papus" (nome do gênio da medicina no "Nuctemeron", de Apolonio de Tiana) foi adotado por influência de Eliphas Levi, e identifica uma entidade espiritual dedicada à terapia. Em 1882 foi iniciado por Henri Delaage na Sociedade dos Filósofos Desconhecidos, ordem que teria sido fundada por Louis Claude de Saint-Martin, no século XVIII, na França.
Em 1888, Encausse, Saint-Yves e de Guaita juntaram-se com Joséphin Péladan e Oswald Wirth para fundar a Ordem Cabalística da Rosacruz. Encausse foi ainda o fundador do Grupo de Estudos Esotéricos e o editor das revistas L'Initiation e Le Voile d'Isis.
En 1891, Encausse afirmou estar na posse dos documentos originais de Martinez de Pasqually, e com eles fundou uma ordem maçônica de martinistas denominada Ordem dos Superiores Desconhecidos ou, simplesmente, Ordem Martinista. Assegurava que tinha sido iniciado no Rito de San Martín pelo seu amigo Henri Delaage, o Visconde de Laage (que afirmava que o seu avô materno tinha sido iniciado na ordem pelo próprio Saint-Martín). A Ordem Martinista converteu-se no principal feito de Encausse, e continua vigente na atualidade como um dos seus legados mais perduráveis. Em 1893, Encausse foi consagrado bispo da Igreja Gnóstica de França por Jules Doinel, o qual tinha fundado esta Igreja em 1890 com a intenção de fazer reviver a religião dos cátaros. Em 1895, Doinel abdicou como Primado da Igreja Gnóstica francesa, deixando o controle da mesma a um sínodo de três bispos, um dos quais era Encausse. Durante este período (1894, 1895), Encausse esteve filiado na Sociedade Teosófica. Em Março de 1895, filiou-se ao Templo da Golden Dawn Ahathoor de Paris, e em 1897 fundou a Sociedade Alquímica de França, juntamente com Saint-Yves d'Alveydre, Jollivet Castelot, de Guaita e outros.

James George Frazer (1 de Janeiro de 1854, Glasgow, Escócia — 7 de Maio de 1941, Cambridge), foi um influente antropólogo nos primeiros estágios dos estudos modernos de mitologia e religião comparada.
Frazer estudou na Universidade de Glasgow e no Trinity College, da Universidade de Cambridge. Foi nesta última instituição que ele escreveu sua obra mais importante, The Golden Bough; a Study in Magic and Religion ("O ramo de ouro", 1890).
"O ramo de ouro" é uma obra alentada (12 volumes na edição final, concluída em 1915), onde o autor faz um estudo comparativo dos mitos e do folclore de várias sociedades, e levanta a tese de que o pensamento humano evoluiu de um estágio mágico para outro religioso, e daí para um nível científico. Esta tese foi logo refutada por outros antropólogos, mas a distinção feita por Frazer entre magia e religião, ainda é aceita: na magia, o utilizador tenta controlar através de "técnicas" o mundo e os acontecimentos, enquanto que na religião, ele requisita o auxílio a espíritos e divindades.

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