quarta-feira, 18 de março de 2015

Como em cima, embaixo [+18]

Aquilo que está em cima é igual a aquilo que está embaixo e que aquilo que está embaixo é igual a aquilo que está em cima. Dito atribuído a Hermes Trismegistros, tal como está gravado na Tábua Esmeralda.
Este trecho de texto, que pertence à Alquimia, utilizado pelo Ocultismo e Esoterismo, também está presente em textos sobre a Wicca e Bruxaria. Outra forma de dizer esta frase é que o mundo terreno é uma manifestação, um espelho do mundo divino e as coisas no mundo divino são como no mundo terreno.
No entanto este texto irá falar de um mistério contido no símbolo atribuído a esta frase. O símbolo consiste no hexagrama, dois triângulos isósceles que se cruzam, um apontando para cima e o outro para baixo. Vamos deixar um pouco de lado que esse símbolo é utilizado pelo povo Judeu. O hexagrama era utilizado para representar Ishtar bem antes disso.
Desmontando o hexagrama, temos um triângulo com um vértice para cima. Este é o símbolo do Lingam. O Lingam é uma pedra consagrada a Shiva e simboliza o Falo Divino.
Temos também um triângulo com um vértice para baixo. Este é o símbolo da Yoni. A Yoni é uma vasilha consagrada a Shakti e simboliza a Vagina Sagrada.
O que significa que esta frase e este símbolo sejam a conjunção do Lingam com a Yoni?
Significam que a Grande Obra é resultado da união do Princípio Masculino com o Princípio Feminino. Este é, em suma, o símbolo do Grande Ritual, do Hiero Gamos entre o Alto Sacerdote e a Alta Sacerdotisa. Este é o mistério encenado na cerimônia wiccana, o rito que reencena a geração do Universo. O mundo é uma manifestação resultante da união do Deus com a Deusa.

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