Enquanto eu pesquisava para escrever sobre a tendência queer no Paganismo Moderno, talvez um reflexo da Espiritualidade Queer, eu encontrei no Wikipédia uma lista de mitos que são freqüentemente citados pelos pagãos modernos homossexuais, freqüentemente fora de seu contexto histórico, antropológico, mítico, social ou religioso.
Estes são os mitos andróginos, são mitos menores dentre os mitos relativos a um Deus, que não resumem nem explicam o mistério que está contido nos mitos de um determinado Deus. Nós não podemos interpretar com nossa mente provinciana os mitos antigos dentro de um olhar pós-moderno, nós temos que compreender e entender qual a função, a razão e o objetivo destes mitos no pensamento religioso da época, qual realidade divina nossos ancestrais quiseram revelar através destes mitos.
Os mitos andróginos envolvem ou um Deus, ou um semideus e um jovem, em um relacionamento onde afeto e fraternidade se misturam. Podemos entender a função do mito ou como uma a) inversão de papéis ou b) uma tutelagem, onde o mais experiente, mais velho, ensina o mais novo.
A inversão de papéis tem sua função, razão e objetivo na propagação da ordem social:
Todas as maiores funções da vida estavam associadas a uma ou mais divindades patronas e um corpo de mitos e rituais. Nossa distinção entre “sagrado” e “profano”, o reino da igreja e da rua seria ininteligível aos gregos antigos. E nós não podemos compreender o mundo deles a menos que nós percebamos que todos os processos da vida estavam interligados com noções místico-religiosas. Estudantes do passado tem procurado por uma teoria, uma chave única, que poderia abrir a porta para a compreensão da natureza e do propósito dos rituais religiosos nas sociedades pagãs. Uma teoria mais velha via no ritual primariamente um proposito imediatamente pragmático: o alvo do ritual era promover a fertilidade da terra e da espécie humana, produzir chuva, pacificar os Deuses ou evitar desastres. A antropologia mais recente tem apontado o papel do ritual como um perpetrador dos valores sociais e normas comportamentais, ou em seus méritos psicológicos como ajudar as pessoas a conviver com as contradições e problemas da vida.
Se o propósito da iniciação é didático, para doutrinar as futuras gerações com os valores das velhas para que a sociedade continue, os rituais de escape tendem a proteger os padrões sociais por providenciar uma liberação temporária e controlada. O significado mais comum que serve a esse propósito é a inversão de papéis, que é tão atestado quanto a iniciação. Nas condições controladas do ritual, o excluído, o submisso e o maldito podem sair das restrições sociais e das limitações da existência. [Eva C Keuls, Reign of Phallus]
A tutelagem tem sua função de reforçar e endossar a norma social onde o mais velho, o mais experiente, tem a obrigação de ensinar ao mais jovem os valores da virilidade, da masculinidade e da fraternidade:
Sócrates estudou este processo e desenvolveu o chamado Chastitas Pederastia, que é uma relação de amor casto entre um jovem e um adulto do mesmo sexo (normalmente um guerreiro mais velho e o aprendiz de soldado, especialmente nos exércitos gregos). Mas este “amor” a que ele estava se referindo não era o amor homoerótico (que incluía sexo), mas sim o amor fraternal de um Mestre de Guilda para com o Aprendiz. [Marcelo Del Debbio]
A própria natureza do relacionamento variava entre o estritamente erótico, sem qualquer tipo de intercurso sexual, até o ato sexual como única razão de ser da relação.
Em algumas situações, a pederastia era vista como uma questão de fascínio estético; em outras era inserida na educação dos adolescentes do sexo masculino, rapazes de famílias de boa posição social, por parte dos pedagogos - varões maduros, a relação entre erastes e eromenos - o erastes era um homem aristocrata envolvido em um relacionamento com um adolescente do sexo masculino denominado eromenos. Geralmente estes pedagogos tinham o papel de mestres para estes rapazes, ensinando-lhes algum ofício.
Em outros casos, era conveniente para uma família que seu filho homem pudesse conseguir um mestre de prestígio, e desta forma ascender socialmente. [Wikipédia]
Em várias de suas lendas Apolo tomou amantes masculinos, o que refletia a cultura grega antiga, onde o homossexualismo masculino era socialmente aceito e tinha, entre outras funções, um caráter pedagógico e ritualístico de grande importância. Um homem maduro, o erastes, escolhia um jovem, o eromenos, e fazia dele ao mesmo tempo amante e discípulo, tornando-se seu iniciador nos mistérios da vida adulta e nas suas responsabilidades sociais. Assim que surgissem os sinais da puberdade o jovem era declarado adulto e a relação se rompia. Ele então casava com uma mulher, constituía família e assumia por sua vez o papel de erastes, tomando para si um jovem eromenos e continuando a tradição. [Wikipédia]
No entanto, os mitos principais e maiores dos Deuses tinham outra função, razão e objetivo:
No rito, o homem se identifica com o primeiro princípio e a mulher com o outro. Essa união reproduz o Hiero Gamos, o Casal Divino, o Andrógino, bem como o mistério da natureza desse mundo, um mundo que é manifestado e condicionado, em que a humanidade aparece como separados em uma dualidade, vão se unir por um instante. No orgasmo sexual, a lei da dualidade é suspensa, o êxtase ocorre e, no arrebatamento, conduz os celebrantes à iluminação absoluta. [Alain Danielou]
Os cultos e rituais que envolvem os mitos andróginos tem a função, a razão e o objetivo de mimetizar, de reencenar, um momento específico da existência do mundo e da humanidade. Os mitos andróginos revelam um período indistinto, a manifestação do Caos, onde não há ordem, regra, norma. Durante uma fase crucial do ser humano, tanto a menina quanto o menino são sexualmente indistintos, até passarem por um rito de iniciação, um rito de passagem, quando então ele ou ela são recebidos na comunidade adulta. Depois do ritual, tornam-se homens e mulheres, em pleno direito, contraem matrimônio, estabelecem um lar, propiciam herdeiros que irão manter a família e a sociedade. Mas sua obrigação de reprodução não exclui relações erótico-afetivas com outras pessoas [servos, prostitutas,cortesãs]. O amor homoafetivo, tal como entendemos e expressamos no mundo contemporâneo, era proibido no mundo antigo não por não ser natural, mas por quebrar o interdito social de que o cidadão não podia ser "submisso". Mesmo na Grécia e Roma antigos as relações homoeróticas eram estruturadas em uma relação onde há um superior [o mestre/o erastes] e um inferior [o amante/o eromenos], uma relação que depois da idade adulta ou era abandonada ou se transformava em fraternidade.
A entidade andrógina, nos mitos antigos, serve exatamente para nos lembrar que nós todos somos filhos e filhas da união entre um macho e uma fêmea, todos nós carregamos os gens masculinos e femininos.
Na ótica dos Deuses, nossa opção sexual é um assunto que interessa apenas a nós, mas a intenção que será realizada pela cerimônia tem consequências diferentes. O Grande Rito real, executado na cerimônia wiccana tradicional, com um ato sexual entre o Alto Sacerdote e a Alta Sacerdotisa tem por intenção religar o corpo ao seu sentido sagrado e recriar o mundo. Em outros grupos, o Grande Rito é executado de forma simbólica por causas evidentes (traumas, tabus, recalques), mas a intenção é a mesma. Em outras formas de Paganismo e Bruxaria modernos, existem cerimônias homossexuais cuja intenção é o de alcançar o caráter extático e produzir vínculos, mas mesmo nesses casos há um contexto sagrado.
A conclusão é que indivíduos [que tem insegurança e rejeição à sua identidade e preferência sexual] buscam, de forma neurótica e obsessiva, uma autorização, permissão, sanção e consagração de sua sexualidade.
A homossexualidade é igualmente uma manifestação do Amor, não há necessidade alguma de inventar um Deus para que uma opção sexual seja divinizada ou sacramentada.
Estes são os mitos andróginos, são mitos menores dentre os mitos relativos a um Deus, que não resumem nem explicam o mistério que está contido nos mitos de um determinado Deus. Nós não podemos interpretar com nossa mente provinciana os mitos antigos dentro de um olhar pós-moderno, nós temos que compreender e entender qual a função, a razão e o objetivo destes mitos no pensamento religioso da época, qual realidade divina nossos ancestrais quiseram revelar através destes mitos.
Os mitos andróginos envolvem ou um Deus, ou um semideus e um jovem, em um relacionamento onde afeto e fraternidade se misturam. Podemos entender a função do mito ou como uma a) inversão de papéis ou b) uma tutelagem, onde o mais experiente, mais velho, ensina o mais novo.
A inversão de papéis tem sua função, razão e objetivo na propagação da ordem social:
Todas as maiores funções da vida estavam associadas a uma ou mais divindades patronas e um corpo de mitos e rituais. Nossa distinção entre “sagrado” e “profano”, o reino da igreja e da rua seria ininteligível aos gregos antigos. E nós não podemos compreender o mundo deles a menos que nós percebamos que todos os processos da vida estavam interligados com noções místico-religiosas. Estudantes do passado tem procurado por uma teoria, uma chave única, que poderia abrir a porta para a compreensão da natureza e do propósito dos rituais religiosos nas sociedades pagãs. Uma teoria mais velha via no ritual primariamente um proposito imediatamente pragmático: o alvo do ritual era promover a fertilidade da terra e da espécie humana, produzir chuva, pacificar os Deuses ou evitar desastres. A antropologia mais recente tem apontado o papel do ritual como um perpetrador dos valores sociais e normas comportamentais, ou em seus méritos psicológicos como ajudar as pessoas a conviver com as contradições e problemas da vida.
Se o propósito da iniciação é didático, para doutrinar as futuras gerações com os valores das velhas para que a sociedade continue, os rituais de escape tendem a proteger os padrões sociais por providenciar uma liberação temporária e controlada. O significado mais comum que serve a esse propósito é a inversão de papéis, que é tão atestado quanto a iniciação. Nas condições controladas do ritual, o excluído, o submisso e o maldito podem sair das restrições sociais e das limitações da existência. [Eva C Keuls, Reign of Phallus]
A tutelagem tem sua função de reforçar e endossar a norma social onde o mais velho, o mais experiente, tem a obrigação de ensinar ao mais jovem os valores da virilidade, da masculinidade e da fraternidade:
Sócrates estudou este processo e desenvolveu o chamado Chastitas Pederastia, que é uma relação de amor casto entre um jovem e um adulto do mesmo sexo (normalmente um guerreiro mais velho e o aprendiz de soldado, especialmente nos exércitos gregos). Mas este “amor” a que ele estava se referindo não era o amor homoerótico (que incluía sexo), mas sim o amor fraternal de um Mestre de Guilda para com o Aprendiz. [Marcelo Del Debbio]
A própria natureza do relacionamento variava entre o estritamente erótico, sem qualquer tipo de intercurso sexual, até o ato sexual como única razão de ser da relação.
Em algumas situações, a pederastia era vista como uma questão de fascínio estético; em outras era inserida na educação dos adolescentes do sexo masculino, rapazes de famílias de boa posição social, por parte dos pedagogos - varões maduros, a relação entre erastes e eromenos - o erastes era um homem aristocrata envolvido em um relacionamento com um adolescente do sexo masculino denominado eromenos. Geralmente estes pedagogos tinham o papel de mestres para estes rapazes, ensinando-lhes algum ofício.
Em outros casos, era conveniente para uma família que seu filho homem pudesse conseguir um mestre de prestígio, e desta forma ascender socialmente. [Wikipédia]
Em várias de suas lendas Apolo tomou amantes masculinos, o que refletia a cultura grega antiga, onde o homossexualismo masculino era socialmente aceito e tinha, entre outras funções, um caráter pedagógico e ritualístico de grande importância. Um homem maduro, o erastes, escolhia um jovem, o eromenos, e fazia dele ao mesmo tempo amante e discípulo, tornando-se seu iniciador nos mistérios da vida adulta e nas suas responsabilidades sociais. Assim que surgissem os sinais da puberdade o jovem era declarado adulto e a relação se rompia. Ele então casava com uma mulher, constituía família e assumia por sua vez o papel de erastes, tomando para si um jovem eromenos e continuando a tradição. [Wikipédia]
No entanto, os mitos principais e maiores dos Deuses tinham outra função, razão e objetivo:
No rito, o homem se identifica com o primeiro princípio e a mulher com o outro. Essa união reproduz o Hiero Gamos, o Casal Divino, o Andrógino, bem como o mistério da natureza desse mundo, um mundo que é manifestado e condicionado, em que a humanidade aparece como separados em uma dualidade, vão se unir por um instante. No orgasmo sexual, a lei da dualidade é suspensa, o êxtase ocorre e, no arrebatamento, conduz os celebrantes à iluminação absoluta. [Alain Danielou]
Os cultos e rituais que envolvem os mitos andróginos tem a função, a razão e o objetivo de mimetizar, de reencenar, um momento específico da existência do mundo e da humanidade. Os mitos andróginos revelam um período indistinto, a manifestação do Caos, onde não há ordem, regra, norma. Durante uma fase crucial do ser humano, tanto a menina quanto o menino são sexualmente indistintos, até passarem por um rito de iniciação, um rito de passagem, quando então ele ou ela são recebidos na comunidade adulta. Depois do ritual, tornam-se homens e mulheres, em pleno direito, contraem matrimônio, estabelecem um lar, propiciam herdeiros que irão manter a família e a sociedade. Mas sua obrigação de reprodução não exclui relações erótico-afetivas com outras pessoas [servos, prostitutas,cortesãs]. O amor homoafetivo, tal como entendemos e expressamos no mundo contemporâneo, era proibido no mundo antigo não por não ser natural, mas por quebrar o interdito social de que o cidadão não podia ser "submisso". Mesmo na Grécia e Roma antigos as relações homoeróticas eram estruturadas em uma relação onde há um superior [o mestre/o erastes] e um inferior [o amante/o eromenos], uma relação que depois da idade adulta ou era abandonada ou se transformava em fraternidade.
A entidade andrógina, nos mitos antigos, serve exatamente para nos lembrar que nós todos somos filhos e filhas da união entre um macho e uma fêmea, todos nós carregamos os gens masculinos e femininos.
Na ótica dos Deuses, nossa opção sexual é um assunto que interessa apenas a nós, mas a intenção que será realizada pela cerimônia tem consequências diferentes. O Grande Rito real, executado na cerimônia wiccana tradicional, com um ato sexual entre o Alto Sacerdote e a Alta Sacerdotisa tem por intenção religar o corpo ao seu sentido sagrado e recriar o mundo. Em outros grupos, o Grande Rito é executado de forma simbólica por causas evidentes (traumas, tabus, recalques), mas a intenção é a mesma. Em outras formas de Paganismo e Bruxaria modernos, existem cerimônias homossexuais cuja intenção é o de alcançar o caráter extático e produzir vínculos, mas mesmo nesses casos há um contexto sagrado.
A conclusão é que indivíduos [que tem insegurança e rejeição à sua identidade e preferência sexual] buscam, de forma neurótica e obsessiva, uma autorização, permissão, sanção e consagração de sua sexualidade.
A homossexualidade é igualmente uma manifestação do Amor, não há necessidade alguma de inventar um Deus para que uma opção sexual seja divinizada ou sacramentada.
Embora pouco se saiba sobre um ou mais deuses andrógenos, existe uma crença cristalizada na mente das pessoas de que o homem sempre foi como ele é agora; desde que um cer Eterno o criou nunca mudou e que o homem sempre gerou filhos na mulher na forma como hoje se conhece, nunca mudou. Mas, terá sido sempre assim? As transformações estão constantemente ocorrendo a nossa volta sejam nos espécimes animais, sejam nas culturas vegetais, sejam na atmosfera... mas para a mente estática nada muda... porque dorme profundamente e só vê os seus conceitos.
ResponderExcluirA humanidade terá sido sempre assim como ela é hoje? Qual a maior autoridade ocidental aceita sobre o tema da geração ou da degeneração humana? Acaso não é Moisés? Ele reuniu em seus cinco livros aquilo que os indivíduos de consciência desperta de sua época sabiam e lhe transmitiram, bem como o que antiquíssimos textos sagrados registravam e aos quais teve acesso. E o que diz Moisés no seu LIVRO DA GÊNESE? "E criou Deus o homem a sua imagem: à imagem de Deus o criou: macho e fêmea os criou". Vejam aqui a dificuldade dos tradutores e intérpretes: Primeiro traduzem no singular: "a imagem de Deus o criou" e depois no plural "macho e fêmea os criou". A mulher foi criada depois... então o que é isso de "macho e fêmea os criou"? Que Deus criou um homem macho e um homem fêmea? Ou a interpretação correta seria "macho e Fêmea o criou? Isto é criou o homem - o Adão bíblico - macho e Fêmea, andrógeno como ele próprio Deus é! Dois sexo no mesmo corpo físico! Podem surgirem outras visões, porém o "Façamos o homem a nossa imagem conforme a nossa semelhança para mim não deixa duvida o Primeiro filho do Pai Eterno era dono dos dois sexos como é seu Pai.
textos sagrados registravam e aos quais teve acesso. E o que diz Moisés no seu LIVRO DA GÊNESE? "E criou Deus o homem a sua imagem: à imagem de Deus o criou: macho e fêmea os criou". Vejam aqui a dificuldade dos tradutores e intérpretes: Primeiro traduzem no singular: "a imagem de Deus o criou" e depois no plural "macho e fêmea os criou". A mulher foi criada depois... então o que é isso de "macho e fêmea os criou"? Que Deus criou um homem macho e um homem fêmea? Ou a interpretação correta seria "macho e Fêmea o criou? Isto é criou o homem - o Adão bíblico - macho e Fêmea, andrógeno como ele próprio Deus é! Dois sexo no mesmo corpo físico! Podem surgirem outras visões, porém o "Façamos o homem a nossa imagem conforme a nossa semelhança para mim não deixa duvida o Primeiro filho do Pai Eterno era dono dos dois sexos como é seu Pai.
ResponderExcluirseu comentário é pertinente e sobre a verdadeira origem e natureza humana, eu escrevi algo parecido em meu outro blog [https://zvezdasociety.wordpress.com/2015/07/16/deus-inventou-o-casamento/]. Escolas de mistérios, de ocultismo e esoterismo diversas apontam que o primeiro humano era hermafrodita. O Hiero Gamos é uma forma de voltar a esse estado divino do humano, não visa, necessariamente, reprodução. O humano, enquanto manifestção/reflexo dos Deuses, foi gerado hermafrodita não por ser cópia direta de um Ser Supremo, mas de diversos, Deus e Deusa, que se unem como exempo e homenagem para estee stado primordial chamado de Monada. Então a separação de sexo não impede o amplo espectro de gêneros, mas sim o evidencia. A questão é saber separar os diferentes ritos sexuais para suas funções.
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