quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O mundo de Gepeto

Meus caros, diletos e eventuais leitores ateus vão ficar chateados, mas tem tido tanto preconceito, discriminação e intolerância contra a religião que eu me vejo na obrigação de relembra-los de alguns fatos sobre a ciência.
O propósito da ciência é descobrir o que as coisas são e como funcionam. Não é propósito da ciência descobrir se há um motivo ou um propósito para as coisas serem como são ou funcionarem como funcionam. Questões sobre a vida e a existência são propósitos da filosofia e da religião.
Para produzir conhecimento, a ciência tem o metodo cientifico, fatos e evidências. No entanto fatos e evidências apenas demonstram que existem, as elucubrações tiradas a partir destes são subjetivas.
A ciência, através do método cientifico, produz tecnologia, uma consequência muito útil resultante da observação, compreensão e imitação daquilo que é observado. Não é porque somos capazes de construir coisas que isto comprova que este conhecimento seja totalmente objetivo, nem que seja o único caminho para se saber a verdade.
O mundo não é feito apenas de coisas e mecanismos, existem seres e relacionamentos. Nós, a despeito da tecnologia, continuamos a sermos humanos, com os mesmos cinco sentidos limitados e um cérebro altamente influenciado por preferências pessoais e percepções subjetivas. Nós apenas conseguiríamos ser absolutamente objetivos se fossemos robôs.
Os ateus e céticos não devem perceber que o elogio à tecnologia pode ser usado como um elogio ao teísmo. Somos nós quem construímos a tecnologia, esta não se constrói sozinha. Portanto, são os Deuses quem construíram [e constroem] o mundo a vida, o universo, estas coisas não se construíram por si mesmas.
Tal como Gepeto, que queria tanto ter um filho que construiu uma marionete. Mas nem todo seu conhecimento e técnica foram o suficiente para animar, dar vida à marionete.
A ciência não é capaz de dar uma alma ao homem. O método cientifico não é capaz de dar uma sensibilidade ao homem. Sem isto, não há imaginação, arte, teatro, música, poesia, amor. Sem isto não há humanidade.

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