Na velha e enevoada Albion, a Druid Network, ou «Rede Druídica», organização pagã destinada a promover a disseminação e desenvolvimento do neo-druidismo no Reino Unido, recebeu na passada semana a notificação de que foi aceite o seu pedido para ser registada oficialmente como «charity», que neste país tem mais relevância e privilégios do que as organizações não lucrativas. Este foi o prémio de uma longa luta que durava há cinco anos.
A Druid Network torna-se assim na primeira organização druídica e até na primeira organização pagã do Reino Unido a alcançar este estatuto.
A famosa «Pagan Federation», que tem secções em vários países incluindo Portugal - a PFP, Pagan Federation Portugal, maior organização pagã do País - é apenas organização não lucrativa, não gozando assim dos mesmos privilégios a respeito dos impostos.
Com este êxito verdadeiramente histórico e decisivo, a Druid Network terá agora benefícios inéditos no meio pagão de um dos países do mundo onde o Neo-Paganismo existe há mais tempo e está mais disseminado, com tudo o que isso implica em termos de credibilidade e criação de oportunidades para projectar o Druidismo, ou mais concretamente, o Neo-Druidismo na sociedade britânica, e ocidental, da actualidade.
Ao mesmo tempo, o sucedido abre as portas para que outras organizações pagãs consigam o mesmo reconhecimento.
Não mais haverá necessidade, da parte de qualquer grupo neo-druídico britânico, de provar que o Druidismo é uma religião válida; esta credibilidade poderá entretanto estender-se aos outros grupos pagãos.
Fonte: Gladius
Noticiado também no G1
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Religiosidade reduz risco de depressão
Washington, 22 set (EFE).- Os habitantes dos países mais religiosos da América Latina, como Brasil, Honduras e Panamá, têm menos risco de sofrer depressão, segundo um novo estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O relatório divulgado hoje assinala, além disso, que as pessoas que vivem em áreas urbanas tem mais probabilidades de sofrer depressão, uma situação que se agrava se nesses centros urbanos existir uma grande desigualdade social.
O estudo, que analisou dados de 93 países obtidos por pesquisas de opinião pública realizadas pelo instituto Gallup no ano de 2007, assinala também que o nível de renda, medido segundo o Produto Interno Bruto per capita, não afeta a possibilidade de depressão.
O relatório patrocinado pelo BID e elaborado pelos economistas da Universidade da República no Uruguai, Natalia Melgar e Máximo Rossi, é o primeiro a realizar uma análise sobre o impacto de fatores como o desempenho econômico na depressão.
Os pesquisadores utilizaram como referência os EUA, pela ampla disponibilidade de dados e pesquisa sobre o tema.
Segundo Natalia e Rossi, os moradores de Etiópia, Coreia do Sul e Bolívia são os que têm mais possibilidades de sofrer depressão, enquanto os da Mauritânia, Albânia e Dinamarca os que têm menos chances.
Os autores descobriram que, entre os 14 países com maior disparidade de renda que experimentaram menores possibilidades de sofrer depressão, pelo menos oito tinham uma alta percentagem de religiosidade: Honduras, Panamá, Níger, Senegal, Jamaica, Uganda, Brasil e Moçambique.
Fonte: G1
Nota da casa: Isso não quer dizer que ateus sejam mais deprimidos. Nem que os "religiosos" desfrutem de uma saúde mental perfeita.
O relatório divulgado hoje assinala, além disso, que as pessoas que vivem em áreas urbanas tem mais probabilidades de sofrer depressão, uma situação que se agrava se nesses centros urbanos existir uma grande desigualdade social.
O estudo, que analisou dados de 93 países obtidos por pesquisas de opinião pública realizadas pelo instituto Gallup no ano de 2007, assinala também que o nível de renda, medido segundo o Produto Interno Bruto per capita, não afeta a possibilidade de depressão.
O relatório patrocinado pelo BID e elaborado pelos economistas da Universidade da República no Uruguai, Natalia Melgar e Máximo Rossi, é o primeiro a realizar uma análise sobre o impacto de fatores como o desempenho econômico na depressão.
Os pesquisadores utilizaram como referência os EUA, pela ampla disponibilidade de dados e pesquisa sobre o tema.
Segundo Natalia e Rossi, os moradores de Etiópia, Coreia do Sul e Bolívia são os que têm mais possibilidades de sofrer depressão, enquanto os da Mauritânia, Albânia e Dinamarca os que têm menos chances.
Os autores descobriram que, entre os 14 países com maior disparidade de renda que experimentaram menores possibilidades de sofrer depressão, pelo menos oito tinham uma alta percentagem de religiosidade: Honduras, Panamá, Níger, Senegal, Jamaica, Uganda, Brasil e Moçambique.
Fonte: G1
Nota da casa: Isso não quer dizer que ateus sejam mais deprimidos. Nem que os "religiosos" desfrutem de uma saúde mental perfeita.
Convenção das Bruxas
Anubis Eventos Apresenta:
Convenção das Bruxas – Halloween 2010 - Dia 30/10/2010 apartir das 22:30
Após dois anos de espera o evento Convenção das Bruxas retorna a cena em 2010! Agora a mais famosa festa do Anubis Eventos será realizada quadrimestralmente, sempre nos meses de Fevereiro, Junho e Outubro. O retorno será no próximo dia 30/10/2010 na casa noturna Green Express, que oferece um amplo espaço “capacidade para 1000 pessoas” e uma excelente localização no centro de São Paulo. Há novidade do evento fica por conta da discotecagem, que terá sempre como convidadas, apenas DJ´s Femininas que vêem se destacando em diversos projetos realizados na atualidade, valorizando assim o trabalho feminino da cena underground.
Shows Especiais com as bandas: Days Are Nights (Darkwave) e Segundo Inverno (Pós Punk)
Na Pista (Agora as mulheres dominam) com melhor do Gothic Rock/ New Age/ Dark Wave/ Eletro/ EBM/Pós Punk/ Anos 80´s e 90´s.
Top 3 das bandas – Depeche Mode/ Pouppée Fabrikk/ Pink Industry/ Switchblade Symphony.
DJ Residente – Christian Anubis.
Guest DJ’s – Mary Sioux (Vanquish Fest) / Kamila Urani (Via Underground) / Claudhia Issa
Os 50 primeiros pagantes ganham um DVD Convenção das Bruxas Gothic Vídeos.
Entrada: R$ 15 ou R$ 10 apresentando o flyer ou enviando nome (completo e nº RG) para o email – anubiseventos2010@gmail.com .
Local: Green Express – Av. Rio Branco, 90 Centro São Paulo – Próximo ao metrô Anhangabaú e Galeria do Rock.
Convenção das Bruxas – Halloween 2010 - Dia 30/10/2010 apartir das 22:30
Após dois anos de espera o evento Convenção das Bruxas retorna a cena em 2010! Agora a mais famosa festa do Anubis Eventos será realizada quadrimestralmente, sempre nos meses de Fevereiro, Junho e Outubro. O retorno será no próximo dia 30/10/2010 na casa noturna Green Express, que oferece um amplo espaço “capacidade para 1000 pessoas” e uma excelente localização no centro de São Paulo. Há novidade do evento fica por conta da discotecagem, que terá sempre como convidadas, apenas DJ´s Femininas que vêem se destacando em diversos projetos realizados na atualidade, valorizando assim o trabalho feminino da cena underground.
Shows Especiais com as bandas: Days Are Nights (Darkwave) e Segundo Inverno (Pós Punk)
Na Pista (Agora as mulheres dominam) com melhor do Gothic Rock/ New Age/ Dark Wave/ Eletro/ EBM/Pós Punk/ Anos 80´s e 90´s.
Top 3 das bandas – Depeche Mode/ Pouppée Fabrikk/ Pink Industry/ Switchblade Symphony.
DJ Residente – Christian Anubis.
Guest DJ’s – Mary Sioux (Vanquish Fest) / Kamila Urani (Via Underground) / Claudhia Issa
Os 50 primeiros pagantes ganham um DVD Convenção das Bruxas Gothic Vídeos.
Entrada: R$ 15 ou R$ 10 apresentando o flyer ou enviando nome (completo e nº RG) para o email – anubiseventos2010@gmail.com .
Local: Green Express – Av. Rio Branco, 90 Centro São Paulo – Próximo ao metrô Anhangabaú e Galeria do Rock.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Candidata alega envolvimento com "bruxaria"
Christine O''Donnell, a nova estrela do movimento ultraconservador americano, Tea Party, teve sua reputação abalada após a divulgação de um vídeo no qual admite já ter participado de cerimônias de bruxaria.
O''Donnell, que na terça-feira passada venceu de surpresa as primárias republicanas para uma cadeira no Senado por Delaware, cancelou neste sábado duas entrevistas que tinha marcadas para amanhã na televisão americana.
Segundo seu porta-voz, a política cancelou sua presença para poder participar de uma reunião em Delaware. O cancelamento de última hora ocorre depois que na sexta-feira, no programa Real Time, o humorista Bill Maher divulgou um vídeo de 12 anos atrás no qual O''Donnell, então analista política republicana, admitia ter se envolvido com bruxaria.
No vídeo, vê-se uma jovem O''Donnell declarar, entre risos, que havia tido uma experiência com a questão. "Nunca estive com um sabá, mas tive uma experiência com bruxaria. Me juntei com pessoas que faziam essas coisas. Não estou inventando".
"Uma das minhas primeiras saídas com uma bruxa foi sobre um altar satânico e eu não sabia. Quero dizer, havia um pouco de sangue e coisas assim... Fomos ao cinema e depois fizemos um piquenique em um altar satânico", acrescenta.
O''Donnell, praticamente uma desconhecida fora dos círculos políticos especializados, ganhou fama na terça-feira ao vencer as primárias republicanas de Delaware sobre o candidato oficial do partido, Mike Castle.
A candidata enfrentará nas eleições legislativas de novembro o democrata Cris Coons pela cadeira que já foi ocupada pelo atual vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden.
Republicanos tinham advertido que, se O''Donnell vencesse a primária, não contaria com o apoio do partido.
Fonte: Notícias Terra
Nota da casa: A candidata até parece o ex-presidente Bill Clinton, quando este disse que "apenas" tragou, mas não fumou maconha.
O''Donnell, que na terça-feira passada venceu de surpresa as primárias republicanas para uma cadeira no Senado por Delaware, cancelou neste sábado duas entrevistas que tinha marcadas para amanhã na televisão americana.
Segundo seu porta-voz, a política cancelou sua presença para poder participar de uma reunião em Delaware. O cancelamento de última hora ocorre depois que na sexta-feira, no programa Real Time, o humorista Bill Maher divulgou um vídeo de 12 anos atrás no qual O''Donnell, então analista política republicana, admitia ter se envolvido com bruxaria.
No vídeo, vê-se uma jovem O''Donnell declarar, entre risos, que havia tido uma experiência com a questão. "Nunca estive com um sabá, mas tive uma experiência com bruxaria. Me juntei com pessoas que faziam essas coisas. Não estou inventando".
"Uma das minhas primeiras saídas com uma bruxa foi sobre um altar satânico e eu não sabia. Quero dizer, havia um pouco de sangue e coisas assim... Fomos ao cinema e depois fizemos um piquenique em um altar satânico", acrescenta.
O''Donnell, praticamente uma desconhecida fora dos círculos políticos especializados, ganhou fama na terça-feira ao vencer as primárias republicanas de Delaware sobre o candidato oficial do partido, Mike Castle.
A candidata enfrentará nas eleições legislativas de novembro o democrata Cris Coons pela cadeira que já foi ocupada pelo atual vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden.
Republicanos tinham advertido que, se O''Donnell vencesse a primária, não contaria com o apoio do partido.
Fonte: Notícias Terra
Nota da casa: A candidata até parece o ex-presidente Bill Clinton, quando este disse que "apenas" tragou, mas não fumou maconha.
O mito da virgindade feminina
Foi há 10 mil anos que o hímen se tornou importante.
Essa é a conclusão de Peter Stearns, grande especialista em história sexual da Universidade George Mason (EUA).
Seu livro "História da Sexualidade", recém-lançado no Brasil pela editora Contexto, compara a vida típica de tribos nômades que vivem de caça e coleta com a das primeiras sociedades humanas pós-agricultura.
É inevitável, diz, perguntar: por que, de repente, a sexualidade feminina passou a ser vigiada e elas muitas vezes perderam até a chance de escolher seus parceiros?
Era diferente entre quem não plantava. "Grupos caçadores-coletores tinham fascínio pela sexualidade. A bissexualidade era comum."
Houve a mudança porque, com a possibilidade de acumular patrimônio (caçadores não juntam excedente nem terras), filhas viraram moeda de troca entre famílias. Surgiu a herança e o dote.
Com a residência fixa e as famílias agrupadas, ficou fácil, especialmente para pais, supervisionar os outros.
Era importante zelar para que as filhas não engravidassem de gente indesejada -e para que os filhos também não engravidassem qualquer uma, mas sem testes de DNA esse problema era menor.
Ainda que restritivas, civilizações antigas tratavam de sexo com naturalidade. Um mito egípcio dizia que o deus Atum se masturbava na água e acabou ejaculando o Nilo.
Isso prosseguiu com as sociedades clássicas. A Grécia foi muito tolerante com homossexuais. Rapazes eram "tutorados" por homens mais velhos na sexualidade.
"Platão disse ser mais provável que o amor sério surgisse entre homens, pois podia envolver uma mistura de sexo e interessante conversação intelectual", diz Stearns.
Isso mostra que mulheres ainda eram reprimidas -ainda que os romanos valorizassem seu prazer, por exemplo.
Com a ascensão do cristianismo, porém, a maneira de lidar com o sexo endureceu. Na Idade Média, as cidades diminuem - e, em geral, quanto mais urbano um povo, mais liberal sexualmente.
Se religiões clássicas contavam aventuras sexuais dos deuses, Jesus nasceu de uma virgem. O sexo se aproxima do pecado. A homossexualidade cai na clandestinidade.
Com a Idade Média acabando, aos poucos as cidades voltaram a crescer. A industrialização, a partir do século 18, acelerou o processo.
Com o trabalho urbano, herdar terras deixa de ser vital. "Se o pai não podia assegurar herança, havia menos motivos para que os filhos aceitassem plenamente sua autoridade", diz Stearns. O anonimato das cidade grandes também oferece menor controle sobre a vida alheia.
Países da Europa, EUA e Brasil só viraram majoritariamente urbanos no século 20. O sexo acompanhou e dominou a cultura, seja em Hollywood ou nas revistas, e a virgindade perdeu espaço.
A homossexualidade passou a ser vista com mais naturalidade, e países como a Espanha legalizaram o casamento gay recentemente.
Com métodos anticoncepcionais eficientes, o sexo pelo prazer disparou. As mulheres no mercado de trabalho se tornam menos dependentes das ordens paternas.
É um processo que ainda está acontecendo. Ainda hoje, por exemplo, metade do mundo vive em áreas rurais.
"Não sabemos se o mundo todo vai se industrializar. É difícil dizer que o padrão moderno de sexualidade triunfará, apesar de ser tentador dizer que no futuro teremos ainda mais aceitação do sexo pelo prazer", diz Stearns.
Recebido por e-mail do Alex Acioli
Nota da casa: Eu diria que foi mais com a formação da idéia/conceito de "propriedade" que houve tal mudança.
Essa é a conclusão de Peter Stearns, grande especialista em história sexual da Universidade George Mason (EUA).
Seu livro "História da Sexualidade", recém-lançado no Brasil pela editora Contexto, compara a vida típica de tribos nômades que vivem de caça e coleta com a das primeiras sociedades humanas pós-agricultura.
É inevitável, diz, perguntar: por que, de repente, a sexualidade feminina passou a ser vigiada e elas muitas vezes perderam até a chance de escolher seus parceiros?
Era diferente entre quem não plantava. "Grupos caçadores-coletores tinham fascínio pela sexualidade. A bissexualidade era comum."
Houve a mudança porque, com a possibilidade de acumular patrimônio (caçadores não juntam excedente nem terras), filhas viraram moeda de troca entre famílias. Surgiu a herança e o dote.
Com a residência fixa e as famílias agrupadas, ficou fácil, especialmente para pais, supervisionar os outros.
Era importante zelar para que as filhas não engravidassem de gente indesejada -e para que os filhos também não engravidassem qualquer uma, mas sem testes de DNA esse problema era menor.
Ainda que restritivas, civilizações antigas tratavam de sexo com naturalidade. Um mito egípcio dizia que o deus Atum se masturbava na água e acabou ejaculando o Nilo.
Isso prosseguiu com as sociedades clássicas. A Grécia foi muito tolerante com homossexuais. Rapazes eram "tutorados" por homens mais velhos na sexualidade.
"Platão disse ser mais provável que o amor sério surgisse entre homens, pois podia envolver uma mistura de sexo e interessante conversação intelectual", diz Stearns.
Isso mostra que mulheres ainda eram reprimidas -ainda que os romanos valorizassem seu prazer, por exemplo.
Com a ascensão do cristianismo, porém, a maneira de lidar com o sexo endureceu. Na Idade Média, as cidades diminuem - e, em geral, quanto mais urbano um povo, mais liberal sexualmente.
Se religiões clássicas contavam aventuras sexuais dos deuses, Jesus nasceu de uma virgem. O sexo se aproxima do pecado. A homossexualidade cai na clandestinidade.
Com a Idade Média acabando, aos poucos as cidades voltaram a crescer. A industrialização, a partir do século 18, acelerou o processo.
Com o trabalho urbano, herdar terras deixa de ser vital. "Se o pai não podia assegurar herança, havia menos motivos para que os filhos aceitassem plenamente sua autoridade", diz Stearns. O anonimato das cidade grandes também oferece menor controle sobre a vida alheia.
Países da Europa, EUA e Brasil só viraram majoritariamente urbanos no século 20. O sexo acompanhou e dominou a cultura, seja em Hollywood ou nas revistas, e a virgindade perdeu espaço.
A homossexualidade passou a ser vista com mais naturalidade, e países como a Espanha legalizaram o casamento gay recentemente.
Com métodos anticoncepcionais eficientes, o sexo pelo prazer disparou. As mulheres no mercado de trabalho se tornam menos dependentes das ordens paternas.
É um processo que ainda está acontecendo. Ainda hoje, por exemplo, metade do mundo vive em áreas rurais.
"Não sabemos se o mundo todo vai se industrializar. É difícil dizer que o padrão moderno de sexualidade triunfará, apesar de ser tentador dizer que no futuro teremos ainda mais aceitação do sexo pelo prazer", diz Stearns.
Recebido por e-mail do Alex Acioli
Nota da casa: Eu diria que foi mais com a formação da idéia/conceito de "propriedade" que houve tal mudança.
domingo, 12 de setembro de 2010
Indianas celebram o Teej
Katmandu, 12 set (EFE).- O jejum religioso mais conhecido do mundo talvez seja o Ramadã, mas no Nepal as mulheres hindus celebraram no último sábado o "Teej", um festival durante o qual se abstêm de comer e beber e rezam pelo bem-estar de seus maridos.
O desejo de uma duradoura felicidade conjugal motivou como a cada ano as hindus a exibir saris, pulseiras e colares vermelhos e dançar perante os templos do deus Shiva espalhados pelo Nepal, o último reino hindu até que em 2008 foi proclamada a República.
"Estou aqui para rezar por uma longa vida e prosperidade não só para meu marido mas para toda a família", disse à Agência Efe Dev Kumari Gautam.
Ela é uma das dezenas de milhares de fiéis que se aproximaram do grande complexo templário de Pashupatinath, em Katmandu, o mais sagrado no Nepal para esta religião professada aproximadamente por 80% da população do país.
A devota explicou que durante o dia todo não bebe água e apenas come frutos secos depois do fim do dia, quando são realizados os últimos rituais no lar.
Este festival da frugalidade, que dura apenas um dia, é especialmente difícil para elas porque se dedicam a se reunir, dançar e cantar em frente aos templos, além de fazer as correspondentes preces.
Segundo a mitologia hindu, a tradição se inspira no exemplo de Parvati, que jejuou para seduzir Shiva, algo que convenceu este deus do panteão hindu de sua força de espírito.
De fundo está um dos conceitos fundamentais desta religião, o "tapasya", ligado ao ascetismo como guia espiritual, o sofrimento, a vontade e a meditação.
Perante as críticas ao "Teej" por não obrigar também os homens a jejuar, o especialista em sânscrito Tikaram Sharma Poudel lembrou antigas tradições como o "sati" - em virtude do qual se um homem morre sua mulher deve ser incinerada para unir-se assim a seus restos - e sustentou que durante esta jornada na realidade rezam, também, por elas mesmas.
Além disso, destacou que é uma boa oportunidade para que compartilhem um dia juntas.
"Antes, quando os meios de transporte não eram como os de hoje, os pais e os irmãos iam a casa de suas filhas e irmãs para levá-las a seu lar natal. Elas se reuniam e compartilhavam suas dores", disse à Efe Poudel.
"Não, meu marido não está jejuando", constatou à Efe uma devota de Katmandu, Ishwari Ghimire, de 50 anos, que assegurou observar rigorosamente o festival desde que se casou aos 17 anos.
As mulheres jejuam e este é um dia festivo só para elas, mas se supõe que seus maridos devam ser generosos e dar presentes a elas para que passem da forma mais agradável possível o dia.
Durante os últimos anos, as lojas se deram conta do evento e um mês antes do festival já fazem ofertas especiais ou descontos em artigos para a mulher.
Não só as casadas realizam o "Teej": também as solteiras, que esperam que sua oração sirva para encontrar um marido cujas qualidades se aproximem às de Shiva, algo para o qual é fundamental a intervenção divina, já que muitos casamentos no Nepal continuam sendo arranjados.
Fonte: EFE [link morto]
O desejo de uma duradoura felicidade conjugal motivou como a cada ano as hindus a exibir saris, pulseiras e colares vermelhos e dançar perante os templos do deus Shiva espalhados pelo Nepal, o último reino hindu até que em 2008 foi proclamada a República.
"Estou aqui para rezar por uma longa vida e prosperidade não só para meu marido mas para toda a família", disse à Agência Efe Dev Kumari Gautam.
Ela é uma das dezenas de milhares de fiéis que se aproximaram do grande complexo templário de Pashupatinath, em Katmandu, o mais sagrado no Nepal para esta religião professada aproximadamente por 80% da população do país.
A devota explicou que durante o dia todo não bebe água e apenas come frutos secos depois do fim do dia, quando são realizados os últimos rituais no lar.
Este festival da frugalidade, que dura apenas um dia, é especialmente difícil para elas porque se dedicam a se reunir, dançar e cantar em frente aos templos, além de fazer as correspondentes preces.
Segundo a mitologia hindu, a tradição se inspira no exemplo de Parvati, que jejuou para seduzir Shiva, algo que convenceu este deus do panteão hindu de sua força de espírito.
De fundo está um dos conceitos fundamentais desta religião, o "tapasya", ligado ao ascetismo como guia espiritual, o sofrimento, a vontade e a meditação.
Perante as críticas ao "Teej" por não obrigar também os homens a jejuar, o especialista em sânscrito Tikaram Sharma Poudel lembrou antigas tradições como o "sati" - em virtude do qual se um homem morre sua mulher deve ser incinerada para unir-se assim a seus restos - e sustentou que durante esta jornada na realidade rezam, também, por elas mesmas.
Além disso, destacou que é uma boa oportunidade para que compartilhem um dia juntas.
"Antes, quando os meios de transporte não eram como os de hoje, os pais e os irmãos iam a casa de suas filhas e irmãs para levá-las a seu lar natal. Elas se reuniam e compartilhavam suas dores", disse à Efe Poudel.
"Não, meu marido não está jejuando", constatou à Efe uma devota de Katmandu, Ishwari Ghimire, de 50 anos, que assegurou observar rigorosamente o festival desde que se casou aos 17 anos.
As mulheres jejuam e este é um dia festivo só para elas, mas se supõe que seus maridos devam ser generosos e dar presentes a elas para que passem da forma mais agradável possível o dia.
Durante os últimos anos, as lojas se deram conta do evento e um mês antes do festival já fazem ofertas especiais ou descontos em artigos para a mulher.
Não só as casadas realizam o "Teej": também as solteiras, que esperam que sua oração sirva para encontrar um marido cujas qualidades se aproximem às de Shiva, algo para o qual é fundamental a intervenção divina, já que muitos casamentos no Nepal continuam sendo arranjados.
Fonte: EFE [link morto]
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Jogos juvenis
Em um texto que eu escrevi para o forum Amber and Jet, eu levantei uma dúvida [traduzido]:
Por que alguns pagãos, bruxos e wiccanos [ou alegados] pensam ser certo serem pagãos/bruxos/wiccanos e permanecerem cristãos, como e por que estas pessoas querem enfiar na minha garganta essa idéia politicamente correta de não criticar a Igreja?
Então eu recebi o comentário do Joseph Carriker, o qual eu reproduzo, traduzido:
Talvez isso seja menos sobre politicamente correto e mais sobre superar isso.
Nós não ficamos em volta pelas atrocidades do passado – a indignação por causa da caça às bruxas e coisas parecidas não é nossa carga. Muitos de nós tem sido feridos por nossas experiências na Igreja, mas nós temos que entender que as pessoas são responsáveis por suas ações e que manter uma instituição como totalmente responsável pela ação dos intolerantes em seu meio não é apenas fútil, mas muda a responsabilidade destas ações para longe dos indivíduos que são culpados.
Muitos de nós cresceu no Cristianismo. Nós crescemos sendo alimentados com esta idéia que tomamos como intrínseca à religião que nós trazemos para o Paganismo: que há um Grande Inimigo conspirando contra nós. Quando éramos cristãos, era Satan. Agora, são os Cristãos.
Pare de fazer esse jogo.
Essas crenças que sustentam esta filosofia requer um inimigo para chamar a atenção de seus seguidores para que eles não olhem para dentro. A forma mais fácil de criar coesão de grupo é identificar e difamar um grupo externo como o Inimigo e manter a atenção das pessoas neles. Uma estratégia juvenil que não é bom tomar parte.
Sim, alguns grupos do Cristianismo (e outras crenças, para ser justo) podem ter decidido que nós somos o Inimigo, mas eu escolhi não participar desse jogo pequeno. Eu tenho coisas melhores a fazer, como trabalhar para nossos Deuses.
Joseph Carriker, Alexandrian 2*
Este blog tem espaço também para autocrítica. Realmente, superar os traumas que nossa criação dentro do Cristianismo nos causou é muito difícil, árduo e complicado.
Quando eu critico a Igreja e o Cristianismo, eu o faço exatamente visando tanto a instituição quanto as pessoas que a compõe, porque são intrínsecos. Mudando a forma como essas pessoas pensam, muda-se ou aniquila-se a instituição. Mudando ou aniquilando a Igreja, tal como esta está organizada desde Constantino, permitirá ao Cristianismo e aos Cristãos desenvolverem o seu melhor potencial. Mesmo porque ainda não estamos totalmente livres de que ocorra novamente as mesmas condições que deram origem às Cruzadas e à Caça às Bruxas, haja visto o fundamentalismo cristão que surgiu e cresce nos grupos Evangélicos. Então por enquanto eu não vou largar o osso.
Eu pergunto "por que não criticar a Igreja", quando a questão é "por que se deve criticá-la". Essa é mais do que uma obrigação humanitária. Contestar e resistir é meu trabalho e função. O que os Cristãos fazem ou crêem é assunto meu porque, infelizmente, isso interfere na vida de muitos.
Por que alguns pagãos, bruxos e wiccanos [ou alegados] pensam ser certo serem pagãos/bruxos/wiccanos e permanecerem cristãos, como e por que estas pessoas querem enfiar na minha garganta essa idéia politicamente correta de não criticar a Igreja?
Então eu recebi o comentário do Joseph Carriker, o qual eu reproduzo, traduzido:
Talvez isso seja menos sobre politicamente correto e mais sobre superar isso.
Nós não ficamos em volta pelas atrocidades do passado – a indignação por causa da caça às bruxas e coisas parecidas não é nossa carga. Muitos de nós tem sido feridos por nossas experiências na Igreja, mas nós temos que entender que as pessoas são responsáveis por suas ações e que manter uma instituição como totalmente responsável pela ação dos intolerantes em seu meio não é apenas fútil, mas muda a responsabilidade destas ações para longe dos indivíduos que são culpados.
Muitos de nós cresceu no Cristianismo. Nós crescemos sendo alimentados com esta idéia que tomamos como intrínseca à religião que nós trazemos para o Paganismo: que há um Grande Inimigo conspirando contra nós. Quando éramos cristãos, era Satan. Agora, são os Cristãos.
Pare de fazer esse jogo.
Essas crenças que sustentam esta filosofia requer um inimigo para chamar a atenção de seus seguidores para que eles não olhem para dentro. A forma mais fácil de criar coesão de grupo é identificar e difamar um grupo externo como o Inimigo e manter a atenção das pessoas neles. Uma estratégia juvenil que não é bom tomar parte.
Sim, alguns grupos do Cristianismo (e outras crenças, para ser justo) podem ter decidido que nós somos o Inimigo, mas eu escolhi não participar desse jogo pequeno. Eu tenho coisas melhores a fazer, como trabalhar para nossos Deuses.
Joseph Carriker, Alexandrian 2*
Este blog tem espaço também para autocrítica. Realmente, superar os traumas que nossa criação dentro do Cristianismo nos causou é muito difícil, árduo e complicado.
Quando eu critico a Igreja e o Cristianismo, eu o faço exatamente visando tanto a instituição quanto as pessoas que a compõe, porque são intrínsecos. Mudando a forma como essas pessoas pensam, muda-se ou aniquila-se a instituição. Mudando ou aniquilando a Igreja, tal como esta está organizada desde Constantino, permitirá ao Cristianismo e aos Cristãos desenvolverem o seu melhor potencial. Mesmo porque ainda não estamos totalmente livres de que ocorra novamente as mesmas condições que deram origem às Cruzadas e à Caça às Bruxas, haja visto o fundamentalismo cristão que surgiu e cresce nos grupos Evangélicos. Então por enquanto eu não vou largar o osso.
Eu pergunto "por que não criticar a Igreja", quando a questão é "por que se deve criticá-la". Essa é mais do que uma obrigação humanitária. Contestar e resistir é meu trabalho e função. O que os Cristãos fazem ou crêem é assunto meu porque, infelizmente, isso interfere na vida de muitos.
Há tempos eu estou cansado de ser o polêmico, o controvertido. Há tempos eu estou cansado de tentar despertar a humanidade. Eu ainda não estou pronto para ignorar o fato que o Cristianismo ainda é pernicioso para a humanidade.
Por enquanto é simplesmente cansaço, até de mim mesmo. Cansado de tentar debater, de dialogar, cansado de ser constantemente mal-entendido até no meio Pagão. Cansado de tentar sinalizar aos Pagãos que estamos indo perigosamente na mesma direção que as religiões majoritárias um dia foram, em direção aos recifes do sectarismo, do autoritarismo, do culto à personalidade, dos falsos gurus, das arapucas esotéricas.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Dia do Sexo
Caramba! Foi só ter aproveitado o feriado prolongado que eu deixei passar essa notícia! Bom...cheguei tarde para divulgar, mas não para entrar [no bom sentido] nessa campanha.
Se você se dedica somente a lembrar do Dia das Mães, Dia dos Pais ou Dia das Crianças, está perdendo uma das datas mais divertidas do ano. Para esquentar o calendário comemorativo nacional, neste dia 6 de setembro é celebrado nada menos que o “Dia do Sexo”.
A iniciativa partiu da fabricante de preservativos Olla e existe até uma campanha para oficialização da data desde 2008.
Não é de se surpreender que a moda pegou. Além do óbvio (prazer, é claro!), o sexo faz bem à saúde, rejuvenesce a pele e melhora a autoestima. Uma curiosidade é a data escolhida, bastante sugestiva: 6/9, alusão a uma famosa posição do Kama Sutra.[EBand][link morto]
A ideia de separar um dia especial para o sexo não veio apenas do comércio. A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei que estabelece o dia 14 de janeiro como o Dia Nacional do Sexo.
O sexólogo Gérson Lopes não vê o Dia do Sexo com bons olhos. Ele acredita que, em vez de trazer a discussão sobre o tema, a data reforça a ideia comercial do sexo. "Esses dias expõem o sexo de forma individualista e mercadológica", afirma.
Ele acredita que o ideal seria comemorar o Dia da Saúde Sexual e discutir assuntos que contribuam como igualdade de gênero, gravidez fora da hora e doenças sexualmente transmissíveis. "O tema precisa ser levado para debate nas escolas, aí sim poderão ser discutidos os problemas de falta de diálogo, repressões e preconceito".[DeFato][link morto]
Nota da casa: Aqui temos textos comemorando o Dia Internacional do Orgasmo além de uma verdadeira apologia da ressacralização do sexo, do desejo e do prazer. Então, Musa, larga tudo e vem logo pra debaixo do lençol. };)
Se você se dedica somente a lembrar do Dia das Mães, Dia dos Pais ou Dia das Crianças, está perdendo uma das datas mais divertidas do ano. Para esquentar o calendário comemorativo nacional, neste dia 6 de setembro é celebrado nada menos que o “Dia do Sexo”.
A iniciativa partiu da fabricante de preservativos Olla e existe até uma campanha para oficialização da data desde 2008.
Não é de se surpreender que a moda pegou. Além do óbvio (prazer, é claro!), o sexo faz bem à saúde, rejuvenesce a pele e melhora a autoestima. Uma curiosidade é a data escolhida, bastante sugestiva: 6/9, alusão a uma famosa posição do Kama Sutra.[EBand][link morto]
A ideia de separar um dia especial para o sexo não veio apenas do comércio. A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei que estabelece o dia 14 de janeiro como o Dia Nacional do Sexo.
O sexólogo Gérson Lopes não vê o Dia do Sexo com bons olhos. Ele acredita que, em vez de trazer a discussão sobre o tema, a data reforça a ideia comercial do sexo. "Esses dias expõem o sexo de forma individualista e mercadológica", afirma.
Ele acredita que o ideal seria comemorar o Dia da Saúde Sexual e discutir assuntos que contribuam como igualdade de gênero, gravidez fora da hora e doenças sexualmente transmissíveis. "O tema precisa ser levado para debate nas escolas, aí sim poderão ser discutidos os problemas de falta de diálogo, repressões e preconceito".[DeFato][link morto]
Nota da casa: Aqui temos textos comemorando o Dia Internacional do Orgasmo além de uma verdadeira apologia da ressacralização do sexo, do desejo e do prazer. Então, Musa, larga tudo e vem logo pra debaixo do lençol. };)
Dia da (in)Dependência
Os brasileiros comemoram no dia 7 de Setembro a festa cívica do Dia da Independência. Segundo nosso mito histórico, foi nessa data que o então Imperador D Pedro I, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, proclamou a independência do Brasil.
Eu me lembro da época em que eu estava no colégio, quando meus professores insinuavam que tal cena nunca existiu. O que houve foi um movimento da oligarquia local, farta de ser controlada pela aristocracia portuguesa, farta de ter que dividir a sangria que ainda se faz no povo brasileiro.
Eu me lembro da sensação de que apenas trocamos os colonizadores, pois a "independência" do Brasil foi possível graças à "ajuda" da Inglaterra, que nos cedeu armas em troca de "facilidades comerciais".
A independência do Brasil foi um ato militar, um golpe de Estado, assim como foi a desastrosa implantação da República e o inevitável desenlace que resultou na Ditadura [a de 45 e a de 60].
O Brasil só descobriu as vias democráticas quando a própria burguesia urbana e rural, que sustentou e apoiou essa política militaresca, começou a se sentir sufocada. A elite do sistema precisava de mais liberdades, especialmente nos campos financeiro e econômico, para aumentar seu ganho, seu lucro. Apostaram na falta de consciência e organização política notória dos brasileiros, apostaram no conservadorismo e no comodismo típicos dos cidadãos. Em troca de alguns direitos constitucionais que a maioria ignora, o sistema seria mantido e o lucro garantido.
Assim nos foi vendida a idéia das eleições representativas, em todos os níveis, com uma pluralidade de candidatos e partidos, que não resolvem nossos problemas crônicos e em nada acrescentam. A propaganda eleitoral não informa nem orienta, é simplesmente propaganda do pior nível.
A candidata do PV, Marina Silva, havia feito um pedido, que soou como uma denúncia tardia, para que o pleito não se transformasse em Vale-Tudo. Tarde demais.
Desde que eu me conheço por gente, desde que engolimos a farsa do sistema eleitoral como a única via de manifestação política pública, a cada eleição, além dos candidatos exóticos, o que eu tenho visto é o mesmo jogo sujo, a mesma politicagem, a mesma dança de dossiês, divulgações espúrias, acusações caluniosas, ameaças, extorsões.
Como brasileiro, como cidadão, como pagão, eu fico preocupado em ver como os principais candidatos paqueram com a Igreja e com os Evangélicos. Mais preocupante ainda é ver alguns candidatos aos cargos legislativos defendendo os mesmos valores do fundamentalismo cristão. A situação está tão ruim que tem aparecido muitos oportunistas e gente sem noção, dentre as candidaturas exóticas e o cidadão não protesta contra esse desrespeito.
Nós ainda buscamos pelos salvadores da pátria nos candidatos, nos omitindo e negligenciando a nossa consciência e participação política, não apenas nos anos eleitorais, mas em todos os anos, o ano inteiro, a cada dia. Enquanto não tivermos tal consciência/participação política e aceitarmos as nossas responsabilidades, o Dia da Independência e o Desfile de Sete de Setembro continuarão sendo simplesmente mais uma data e mais uma comemoração cívica de um mito histórico de um gigante que continua dormindo em berço esplêndido.
Eu me lembro da época em que eu estava no colégio, quando meus professores insinuavam que tal cena nunca existiu. O que houve foi um movimento da oligarquia local, farta de ser controlada pela aristocracia portuguesa, farta de ter que dividir a sangria que ainda se faz no povo brasileiro.
Eu me lembro da sensação de que apenas trocamos os colonizadores, pois a "independência" do Brasil foi possível graças à "ajuda" da Inglaterra, que nos cedeu armas em troca de "facilidades comerciais".
A independência do Brasil foi um ato militar, um golpe de Estado, assim como foi a desastrosa implantação da República e o inevitável desenlace que resultou na Ditadura [a de 45 e a de 60].
O Brasil só descobriu as vias democráticas quando a própria burguesia urbana e rural, que sustentou e apoiou essa política militaresca, começou a se sentir sufocada. A elite do sistema precisava de mais liberdades, especialmente nos campos financeiro e econômico, para aumentar seu ganho, seu lucro. Apostaram na falta de consciência e organização política notória dos brasileiros, apostaram no conservadorismo e no comodismo típicos dos cidadãos. Em troca de alguns direitos constitucionais que a maioria ignora, o sistema seria mantido e o lucro garantido.
Assim nos foi vendida a idéia das eleições representativas, em todos os níveis, com uma pluralidade de candidatos e partidos, que não resolvem nossos problemas crônicos e em nada acrescentam. A propaganda eleitoral não informa nem orienta, é simplesmente propaganda do pior nível.
A candidata do PV, Marina Silva, havia feito um pedido, que soou como uma denúncia tardia, para que o pleito não se transformasse em Vale-Tudo. Tarde demais.
Desde que eu me conheço por gente, desde que engolimos a farsa do sistema eleitoral como a única via de manifestação política pública, a cada eleição, além dos candidatos exóticos, o que eu tenho visto é o mesmo jogo sujo, a mesma politicagem, a mesma dança de dossiês, divulgações espúrias, acusações caluniosas, ameaças, extorsões.
Como brasileiro, como cidadão, como pagão, eu fico preocupado em ver como os principais candidatos paqueram com a Igreja e com os Evangélicos. Mais preocupante ainda é ver alguns candidatos aos cargos legislativos defendendo os mesmos valores do fundamentalismo cristão. A situação está tão ruim que tem aparecido muitos oportunistas e gente sem noção, dentre as candidaturas exóticas e o cidadão não protesta contra esse desrespeito.
Nós ainda buscamos pelos salvadores da pátria nos candidatos, nos omitindo e negligenciando a nossa consciência e participação política, não apenas nos anos eleitorais, mas em todos os anos, o ano inteiro, a cada dia. Enquanto não tivermos tal consciência/participação política e aceitarmos as nossas responsabilidades, o Dia da Independência e o Desfile de Sete de Setembro continuarão sendo simplesmente mais uma data e mais uma comemoração cívica de um mito histórico de um gigante que continua dormindo em berço esplêndido.
sábado, 4 de setembro de 2010
O Deus de Mendes
O sumo sacerdote de Mendes disse à rainha: "Não se pode prestar maior honraria ao carneiro do que a mulher do faraó se apresentar ela própria para a cópula". [...] Arsínoe Beta entrou na tenda do festival, levantou o vestido vermelho da Deusa da Guerra e deixou-se ser coberta pelo grande bode, o lorde Banebdjedet.
Fonte: Duncan Sprott, A Filha do Crocodilo, pg. 198-197, Editora Record.
Elifas Levi cita, ao falar de Baphomet, do "bode de Mendes". Na Idade Antiga era comum ter animais sagrados que eram considerados a encarnação ou a representação de um Deus ou Deusa. No caso da cidade de Mendes, no Egito Antigo, o Deus era Banebdjedet, um Deus Carneiro similar a Khnum. Sua esposa era a Deusa Hatmehyt, que pode ter sido a divindade nativa de Mendes.
Assim como outros Deuses com chifres, como Atis, Dioniso, Cernunos e Pan, o Deus de Mendes representa a força das necessidades mais básicas, bem como o princípio da fertilidade co-gerador do mundo. E para os povos antigos, assegurar a fertilidade dos campos e dos rebanhos era mais do que um ato sagrado, era uma necessidade de sobrevivência.
Assim, muitos foram na antiguidade as cerimônias, cultos e rituais que procuravam manter essa abundância, através de uniões sagradas, quer entre uma sacerdotisa e o Deus, quer entre seus celebrantes, como acontecia no 1º de maio, na Europa. Nessa época antiga, o prazer, o desejo, o sexo, eram sagrados. Nessa época se celebrava a vida, o amor, a alegria. Nós, que nos consideramos tão mais "civilizados", "cultos" e "esclarecidos" que estes povos, vivemos em uma época em que se celebra a morte, o ódio e o sofrimento.
Elifas Levi cita, ao falar de Baphomet, do "bode de Mendes". Na Idade Antiga era comum ter animais sagrados que eram considerados a encarnação ou a representação de um Deus ou Deusa. No caso da cidade de Mendes, no Egito Antigo, o Deus era Banebdjedet, um Deus Carneiro similar a Khnum. Sua esposa era a Deusa Hatmehyt, que pode ter sido a divindade nativa de Mendes.
Assim como outros Deuses com chifres, como Atis, Dioniso, Cernunos e Pan, o Deus de Mendes representa a força das necessidades mais básicas, bem como o princípio da fertilidade co-gerador do mundo. E para os povos antigos, assegurar a fertilidade dos campos e dos rebanhos era mais do que um ato sagrado, era uma necessidade de sobrevivência.
Assim, muitos foram na antiguidade as cerimônias, cultos e rituais que procuravam manter essa abundância, através de uniões sagradas, quer entre uma sacerdotisa e o Deus, quer entre seus celebrantes, como acontecia no 1º de maio, na Europa. Nessa época antiga, o prazer, o desejo, o sexo, eram sagrados. Nessa época se celebrava a vida, o amor, a alegria. Nós, que nos consideramos tão mais "civilizados", "cultos" e "esclarecidos" que estes povos, vivemos em uma época em que se celebra a morte, o ódio e o sofrimento.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Congresso Mundial de Religiões Étnicas
Do dia 26 ao dia 29 do corrente, realizou-se a XIII sessão anual do Congresso Mundial das Religiões Étnicas (W.C.E.R., em Inglês), que passou agora a chamar-se Congresso Europeu das Religiões Étnicas (E.C.E.R.) e que este ano teve por tema «a Ética no Mundo Contemporâneo».
Vários foram os debates que tiveram lugar, que puderam contar com as opiniões de todos os seus membros, incluindo a de um dos principais dinamizadores do Paganismo na Europa.
O evento foi finalizado com um ritual colectivo simples, de acordo com o Rito Romano reconstruído pela organização Gentilitas, em honra de Janus Clusius, de Júpiter, de Mars Pater, de Vesta e, genericamente, todos os Deuses da Europa e da Índia, mas em que cada participante poderia introduzir uma variante correspondente à sua nação.
Fonte: Gladius
O Congresso Mundial das Religiões Étnicas foi estabelecido em junho de 1998 em uma audiência que fez a seguinte declaração:
Nós, os delegados do Congresso Mundial de Religiões Étnicas, sediada em Vilnius, Lituânia, de 20 a 24 de junho de 1998, nos reunimos para expressar nossa solidariedade pelas religiões étnicas, indígenas, nativas e/ou tradicionais da Europa e outras regiões do mundo.
Todas as culturas bem como as religiões nativas devem ser igualmente valorizadas e respeitadas. Cada região e cada povo têm suas tradições locais distintas que articulam o amor deles por suas terras e histórias e cultivam uma lembrança do sagrado da vida e a divindade da natureza. Assim como a natureza sobrevive através de uma grande variedade de espécies, assim deve ser permitido à humanidade desenvolver livremente e sem interferência dentro de uma grande variedade de expressões culturais.
De acordo com nossas antigas tradições étnicas, a Terra e toda a criação devem ser valorizadas e protegidas. Nós, como seres humanos, devemos encontrar um lugar na teia da vida, não fora ou separado da criação.
Nós compartilhamos um acordo em comum de nossa posição no mundo, baseado em nossa experiência comum de opressão e intolerância. Religiões étnicas e/ou Pagãs têm sofrido grande dano e destruição no passado por religiões afirmando que possuíam a única verdade. Nosso desejo sincero é viver em paz e harmonia e lutar pela cooperação com os seguidores de todas as religiões e crenças.
Nós cremos que o alvorecer de uma nova era de liberdade individual e intelectual e troca de idéias e informações globalmente nos dá uma oportunidade de começar de novo a voltar para nossas próprias raízes espirituais para reclamar nossa herança cultural. Nós somos adoradores da Natureza como a maior parte da humanidade tem sido em grande parte da história humana.
Religiões indígenas reais devem nos dar amor e respeito por tudo que vemos e sentimos em volta, aceitar todas as formas de adoração que enfatizem corações sinceros, pensamentos puros e conduta nobre em todo momento de nossa vida, através de tudo que existe.
Que sejamos orgulhosos do renascimento de nossas religiões étnicas. Nosso novo universalismo induz as pessoas a não permanecer fechadas dentro de paredes de ódio e ciúme contra aqueles que não estão dentro de nossas paredes. Que nós quebremos essas paredes e expandamos o horizonte e a visão de toda a humanidade.
Nós estabelecemos o “Congresso Mundial de Religiões Étnicas” para ajudar todos os grupos de religiões étnicas a sobreviver e cooperar uns com os outros. Nosso princípio é “unidade na diversidade”.
Vários foram os debates que tiveram lugar, que puderam contar com as opiniões de todos os seus membros, incluindo a de um dos principais dinamizadores do Paganismo na Europa.
O evento foi finalizado com um ritual colectivo simples, de acordo com o Rito Romano reconstruído pela organização Gentilitas, em honra de Janus Clusius, de Júpiter, de Mars Pater, de Vesta e, genericamente, todos os Deuses da Europa e da Índia, mas em que cada participante poderia introduzir uma variante correspondente à sua nação.
Fonte: Gladius
O Congresso Mundial das Religiões Étnicas foi estabelecido em junho de 1998 em uma audiência que fez a seguinte declaração:
Nós, os delegados do Congresso Mundial de Religiões Étnicas, sediada em Vilnius, Lituânia, de 20 a 24 de junho de 1998, nos reunimos para expressar nossa solidariedade pelas religiões étnicas, indígenas, nativas e/ou tradicionais da Europa e outras regiões do mundo.
Todas as culturas bem como as religiões nativas devem ser igualmente valorizadas e respeitadas. Cada região e cada povo têm suas tradições locais distintas que articulam o amor deles por suas terras e histórias e cultivam uma lembrança do sagrado da vida e a divindade da natureza. Assim como a natureza sobrevive através de uma grande variedade de espécies, assim deve ser permitido à humanidade desenvolver livremente e sem interferência dentro de uma grande variedade de expressões culturais.
De acordo com nossas antigas tradições étnicas, a Terra e toda a criação devem ser valorizadas e protegidas. Nós, como seres humanos, devemos encontrar um lugar na teia da vida, não fora ou separado da criação.
Nós compartilhamos um acordo em comum de nossa posição no mundo, baseado em nossa experiência comum de opressão e intolerância. Religiões étnicas e/ou Pagãs têm sofrido grande dano e destruição no passado por religiões afirmando que possuíam a única verdade. Nosso desejo sincero é viver em paz e harmonia e lutar pela cooperação com os seguidores de todas as religiões e crenças.
Nós cremos que o alvorecer de uma nova era de liberdade individual e intelectual e troca de idéias e informações globalmente nos dá uma oportunidade de começar de novo a voltar para nossas próprias raízes espirituais para reclamar nossa herança cultural. Nós somos adoradores da Natureza como a maior parte da humanidade tem sido em grande parte da história humana.
Religiões indígenas reais devem nos dar amor e respeito por tudo que vemos e sentimos em volta, aceitar todas as formas de adoração que enfatizem corações sinceros, pensamentos puros e conduta nobre em todo momento de nossa vida, através de tudo que existe.
Que sejamos orgulhosos do renascimento de nossas religiões étnicas. Nosso novo universalismo induz as pessoas a não permanecer fechadas dentro de paredes de ódio e ciúme contra aqueles que não estão dentro de nossas paredes. Que nós quebremos essas paredes e expandamos o horizonte e a visão de toda a humanidade.
Nós estabelecemos o “Congresso Mundial de Religiões Étnicas” para ajudar todos os grupos de religiões étnicas a sobreviver e cooperar uns com os outros. Nosso princípio é “unidade na diversidade”.
O proselitismo de Kadafi
O líder da Líbia Muammar al-Kadhafi aterrou no dia 29 de agosto no aeroporto de Ciampino em Roma. Um ano depois, o líder da Líbia visita novamente Roma para celebrar o segundo aniversário do Tratado de Amizade com Itália. O presidente recebeu em encontros no Centro Cultural Líbio, em Roma, no dias 30 e 31 de agosto, centenas de modelos.
Oficialmente, o evento teve o objetivo de oferecer às jovens a conversão ao Islã e a possibilidade de casamento com muçulmanos. Khadafi defendeu que o islão se deve transformar na "religião de toda a Europa".
Assim como o caudilho da Venezuela, Hugo Chavez, o caudilho da Líbia, Muammar al-Kadhafi, fala o que bem entende, como todos ditadores gostam de falar, sejam estes seculares ou eclesiásticos.
Evidentemente, a Igreja e seus acólitos reagiram, denunciando um plano para islamizar a Europa, defendendo que as pessoas devem ter a liberdade de escolher sua religião.
O que a Igreja e seus acólitos se esquecem e fazem questão de esconder, ocultar, da opinião pública é que a Europa foi anteriormente invadida e doutrinada pelo Cristianismo, reprimindo, oprimindo e proibindo as antigas crenças locais.
Nenhum homem, instituição ou Deus pode obrigar a quem quer que seja crer ou descrer.
Se há alguma religião que deva ser da Europa, esta é a que tem mais vínculos com as raízes e origens dos povos que a habitam. E se as pessoas buscarem suas raízes, suas origens, verão que a crença de seus ancestrais, há tanto tempo proibida, sobreviveu e está ressurgindo. A religião da Europa é o Paganismo.
Oficialmente, o evento teve o objetivo de oferecer às jovens a conversão ao Islã e a possibilidade de casamento com muçulmanos. Khadafi defendeu que o islão se deve transformar na "religião de toda a Europa".
Assim como o caudilho da Venezuela, Hugo Chavez, o caudilho da Líbia, Muammar al-Kadhafi, fala o que bem entende, como todos ditadores gostam de falar, sejam estes seculares ou eclesiásticos.
Evidentemente, a Igreja e seus acólitos reagiram, denunciando um plano para islamizar a Europa, defendendo que as pessoas devem ter a liberdade de escolher sua religião.
O que a Igreja e seus acólitos se esquecem e fazem questão de esconder, ocultar, da opinião pública é que a Europa foi anteriormente invadida e doutrinada pelo Cristianismo, reprimindo, oprimindo e proibindo as antigas crenças locais.
Nenhum homem, instituição ou Deus pode obrigar a quem quer que seja crer ou descrer.
Se há alguma religião que deva ser da Europa, esta é a que tem mais vínculos com as raízes e origens dos povos que a habitam. E se as pessoas buscarem suas raízes, suas origens, verão que a crença de seus ancestrais, há tanto tempo proibida, sobreviveu e está ressurgindo. A religião da Europa é o Paganismo.