terça-feira, 11 de novembro de 2008

O ocultismo e o pai da ciência

Francis Bacon viveu à época de Elizabete I. Nasceu em Londres, na propriedade York House, que ficava na esquina da rua Villiers com a rua Strand, em 22 de janeiro de 1561, filho mais novo de Sir Nicholas Bacon e Anna Cook, a segunda esposa de seu pai.
Entre 1608 e 1620 ele preparou pelo menos 12 rascunhos da sua mais célebre obra, o Instauratio Magna, também conhecido por Novum Organum, publicado em 1620, e escreveu vários outros trabalhos filosóficos menores. Então, ao mesmo tempo que era objeto de atenção dos intelectuais na Europa, devido a suas obras, Bacon gozava grande proeminência na corte inglesa, por ser homem de confiança do rei, pelo trato agradável e bem humorado, e sua magnanimidade demonstrada em gastos com a promoção de festas para a sociedade além do fausto doméstico.
Em 1609 publicou De Sapientia Veterum Liber ("A Sabedoria dos Antigos"), no qual expunha o que considerava como significado prático oculto incorporado nos mitos antigos. Essa obra tornou-se, junto com os Essayes, seu livro mais popular ainda durante sua vida.
Além da escolástica aristotélica, três outros sistemas de pensamento prevaleciam na Inglaterra quando Bacon começa a escrever: o ocultismo, que vinham da Idade Média, e o humanismo estético, por influência da Itália.
O ocultismo ou esoterismo, busca de poderes mágicos sobre os processos da natureza e de relações de poderes cósmicos com a vida humana, como as esperanças dos alquimistas da descoberta de elixires e segredos da obtenção do ouro.
Parece que nenhum filósofo do início da idade moderna escapou de ter alguma crença ou preocupação com a possibilidade de existirem tais forças ocultas e Bacon inclusive, pretendendo porém que tais forças fossem "naturais".
Cobra, Rubem Q. Francis Bacon. Brasília, 1999.
Nota: Curiosamente na hagiografia científica, Francis Bacon é chamado de filósofo, mas não de cientista. Ocultar ou negar o envolvimento dos primeiros pesquisadores da Academia com o ocultismo levou Paracelso ao mesmo ocaso.

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