segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Assessório de bruxa - vassoura e correlatos

As bruxas na Idade Média faziam o uso de uma vara ou cajado [ou forquilha-NB] no lugar de um punhal ou espada por serem mais discretos, mais acessíveis, mais fáceis de encravar e disfarçar em caso de urgência. Em casa, a vara e o cajado viravam um pilão para bater manteiga e uma vassoura.
A vara, dizem, serviria para evocar elementais durante os trabalhos e cerimônias no lugar da faca ou punhal porque estes entes são 'alérgicos' ao ferro. O cajado, nesse caso, tomaria o lugar da espada para desenhar o círculo bem como os símbolos de evocação.
Nas cerimônias, a fertilidade dos campos era 'estimulada' pela dança das bruxas em cima dos cajados, pulando sobre a fogueira, na altura que se espera que as colheitas chegassem. O cajado deu lugar à vassoura quando passsou a ser necessário esconder os objetos do Ofício e logo a vassoura passou a participar da iconografia da bruxa no imaginário popular propagado pela Igreja.
Menos conhecido e menos comentado entre wiccanos puritanos é o açoite, por sua carga evidentemente erótica. Junto com a vara [que na cerimônia é um símbolo da autoridade do/a sacertote/isa], o açoite é usado nas cerimônias tradicionais wiccanas para lembrar da severidade e para ajudar na indução do êxtase.
Curiosamente, wiccanos ecléticos assimilaram a vassoura completamente fora de seu contexto simbólico dentro do Ofício como uma ferramenta para 'purificar' o círculo, o que certamente causa confusão entre as pessoas comuns. Igualmente assimilaram a vara como uma bijouteria - da mesma forma que o pentagrama - usando varas feitas de metal e cristais, como os antigos magos cerimoniais faziam.

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