Abril era originalmente o segundo mês do calendário Romano. A origem do nome (Aprilis) é incerto. Da etimologia tradicional vem do latim aperire, "abrir", em uma alusão com a estação quando as árvores e as flores começam a "abrir". Uma vez que muitos dos meses Romanos eram nomeados em honra às divindades e Abril era sagrado a Venus, tem sido sugerido que Abril era originalmente o mês de Aphrilis, originado do nome Grego Aphrodite (Aphros), ou do nome Etrusco Apru.
Festas em Abril:
1º de Abril – Veneralia, em honra a Venus.
A Veneralia era o festival de Venus Verticordia ("transformadora de corações"), a Deusa do Amor e Beleza. A adoração da Deusa Fortuna Virilis ("destino bruto") era também parte desse festival.
Em Roma, as mulheres removiam as jóias da estátua da Deusa, a lavavam e a adornavam com flores e similarmente se banhavam em banhos públicos usando coroas de mirto em suas cabeças. Era um dia para as mulheres procurar por videntes para ajudarem em suas relações com homens.
4 a 10 de Abril– Ludi Megalenses/Megalesia, em honra a Cybele.
O dia em que a estátua de Cybele foi trazida à Roma foi solenizada com uma magnífica procissão, a lectisternia [do latim lectum sternere, "deitada em um sofá"), uma cerimônia propiciatória, consistindo de uma refeição oferecida aos deuses e Deusas, representadas por seus bustos ou estátuas] e jogos e muitas pessoas carregando presentes para a Deusa até o Capitólio. O humor desse festival, como todo o mês no qual ocorre, era cheio de júbilo e banquetes gerais.
12 a 19 de Abril – Ludi Cereales, jogos em honra a Cerealia.
Cerealia era um festival celebrado em honra à Deusa Ceres.
15 de Abril - Fordicia, in honour of Tellus.
A Fordicia era um festival para a Deusa Tellus. Durante a cerimônia, uma vaca prenhe era sacrificada. As vestais guardavam as cinzas do feto de bezerro até isto ser usado para a purificação em Parilia.
21 de Abril - Parilia, em honra a Pales.
O festival agrícola da Parilia tinha como objetivo purificar tanto os rebanhos quanto os pastores. Era celebrado em devoção a Pales, Deus dos Rebanhos.
25 de Abril - Robigalia, em honra a Robigus, com corridas à pé.
Na mitologia romana, Robiga (significando verde ou vida) junto com seu irmão, Robigus, eram os Deuses da Fertilidade dos Romanos.
28 de Abril a 1º de Maio – Ludi Florales (Floralia), jogos em honra a Flora.
A Floralia era um festiival dedicado à Deusa Flora. Simbolizava a renovação do ciclo da vida, marcado com danças, beberagem e flores.[wikipédia, com tradução e edição]
terça-feira, 31 de março de 2009
sábado, 28 de março de 2009
Resolução da ONU
Documento aprovado no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, deplora atos de agressão psicológica, física e ataques contra pessoas por causa de credos incluindo atentados contra locais de culto.
Conselho de Direitos Humanos
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas adotaram uma resolução, nesta quinta-feira, condenando atos de violência motivados por diferenças religiosas.
O documento, aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, recebeu 23 votos a favor, 13 contra e 11 abstenções.
Símbolos
O conselho condenou, com veemência, casos de agressões psicológicas e físicas, além de violência e ataques contra pessoas por causa de opção religiosa e credos.
A resolução também deplorou atentados contra locais de culto e adoração, monumentos considerados sagrados, símbolos religiosos e personalidades veneradas por vários credos.
O texto expressou a preocupação do Conselho de Direitos Humanos com o que chamou de uma campanha de intensificação e difamação de religiões incluindo a forma como minorias islâmicas teriam sido tratadas após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
Pela resolução, a ONU pede a todos os países que tomem as medidas necessárias para promover tolerância e respeito a todos os credos e religiões.[Radio ONU][link indisponível]
Nota da casa: A resolução da ONU tem sido oculta da opinião pública, sendo divulgado apenas a visão/opinião da Reuters. O que se espera, com essa resolução, é que esses mesmos países e grupos que defenderam seus credos respeitem igualmente esse direito para outros países e grupos quanto às crenças deles. Não é nenhuma novidade que estes mesmos grupos e países que clamam por "justiça e respeito aos direitos" são os que mais infringem tais direitos, especialmente quando o assunto é uma diferença de opinião religiosa ou científica.
Conselho de Direitos Humanos
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas adotaram uma resolução, nesta quinta-feira, condenando atos de violência motivados por diferenças religiosas.
O documento, aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, recebeu 23 votos a favor, 13 contra e 11 abstenções.
Símbolos
O conselho condenou, com veemência, casos de agressões psicológicas e físicas, além de violência e ataques contra pessoas por causa de opção religiosa e credos.
A resolução também deplorou atentados contra locais de culto e adoração, monumentos considerados sagrados, símbolos religiosos e personalidades veneradas por vários credos.
O texto expressou a preocupação do Conselho de Direitos Humanos com o que chamou de uma campanha de intensificação e difamação de religiões incluindo a forma como minorias islâmicas teriam sido tratadas após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
Pela resolução, a ONU pede a todos os países que tomem as medidas necessárias para promover tolerância e respeito a todos os credos e religiões.[Radio ONU][link indisponível]
Nota da casa: A resolução da ONU tem sido oculta da opinião pública, sendo divulgado apenas a visão/opinião da Reuters. O que se espera, com essa resolução, é que esses mesmos países e grupos que defenderam seus credos respeitem igualmente esse direito para outros países e grupos quanto às crenças deles. Não é nenhuma novidade que estes mesmos grupos e países que clamam por "justiça e respeito aos direitos" são os que mais infringem tais direitos, especialmente quando o assunto é uma diferença de opinião religiosa ou científica.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Paganismo retorna à Israel
Como muitos soldados que tomam parte em operações em Gaza, Omer ocasionalmente toma alguns momentos para orar, mas ele não ora ao Senhor de Israel. Omer se considera Pagão e jurou uma aliança a três Deuses antigos.
Durante o combate, ele diz que eles aparecem diante dele, dando-lhe força durante os momentos mais árduos.
Omer ainda está no exército e se recusa ser entrevistado para esta história. Mas assim mesmo ele diz pertencer a uma religião cujo objetivo é reviver a adoração aos Deuses antigos.
Em um fórum de Paganismo online em língua hebraica, os relatos de Omer em sua experiência em Gaza são comuns. Outro usuário lembra como orou para Anat, o Deus da Guerra dos Cananeus, enquanto servia em uma unidade de elite de combate.
Os dois soldados são parte de uma pequena comunidade de Pagãos que tem se desenvolvido em Israel. Influenciados por movimentos nos EUA e Europa, os seguidores acreditam em múltiplos Deuses.
"O Paganismo Moderno está comprometido com uma variedade de religiões e crenças, a maior parte estão baseadas em antigos rituais Pagãos", disse Rinat Korbet, uma pesquisadora da Universidade Bar-Ilan que escreveu sua tese sobre a Comunidade Pagã em Israel baseada na sua presença online.
"As pessoas parecem quere retomar a essência do paganismo ancestral e adaptá-lo ao nosso tempo. Muitos dos seguidores tem altares domiciliares onde eles podem expressar suas crenças na Natureza e nos Deuses. Todas as pessoas que eu entrevistei também tem parte em rituais e cerimônias comunitárias, em ambientes adequados ao espírito do paganismo."
Korbet irá apresentar sua pesquisa na Primeira Conferência Israelense para o Estudo das Espiritualidades Contemporâneas que abre amanhã na Universidade de Haifa. Devido à sensibilidade Judaica a idolatria, que é considerada um pecado, muitos Pagãos Israelitas revelam suas crenças apenas aos que a compartilham. Eles usualmente mantêm encontros religiosos, como os Equinócios, em segredo.
Alguns anos atrás, Kobets teve interesse na Wicca, uma religião Neopagã fundada há 50 anos na Inglaterra. Agora ele mantém o site Wicca Israel Web, uma das comunidades Pagãs mais visitadas e importantes. Ele estima que existam 150 Israelenses Pagãos.
Kobets diz que o Neopaganismo é uma religião pluralista e cada seguidor escolhe seu próprio método de adoração.
"O Judaismo é uma religião, é algo imposto e artificial", diz Samuel, que mantém um fórum Pagão no portal Tapuz da web.
"Eu não me considero um Judeu, mas eu me considero um Israelense", diz ele. "Há um problema com o Judaismo. O Judaismo contradiz o Paganismo. O Judaismo tem um único Deus e se você não crer nEle, você será apedrejado".
Como alguém escolhe qual Deus adorar? "Cada indivíduo escolhe por si mesmo um Panteão. Existem muitas opções", diz Samuel. "Ninguém inventa Deuses novos", diz Kobets. "As Pessoas leem mitologia e tentam contatar com e falar a algum Deus ou Deusa".
Por causa que as maiores fontes da religião Neopagã são Inglaterra e USA, alguns Israelenses oram para Deuses Nórdicos ou Célticos. Outros tentam reviver a adoração dos antigos Deuses Cananeus que foram combatidos pelos profetas bíblicos.
"Como parte do interesse em tradições locais, há um foco nos Deuses Cananeus e tradições que existiram ali", diz Kobets.
"As pessoas estão interessadas nisto, mas do que eu coletei eu não creio que este seja o tema dominante. Eu vi muitas pessoas que crêem em Druidismo Céltico, Xamanismo e religiões Hindus".
Korbet escreveu sua tese na universidade de Bar-Ilan, sob a supervisão de Dr. Dan Bouchnik. Ela analisou websites e fóruns usados por Pagãos e suas filosofias referentes à internet.
"O Paganismo Antigo está majoritariamente na natureza, florestas e vilas", ela diz. "O Paganismo Moderno pode ter seu espaço em locais urbanos e pode ser mais simbólico. Se a adoração foi feita uma vez em locais físicos, lugares sagrados, agora a internet está sendo usada como uma assembleia virtual, espiritual".
"Os Neopagãos não tem problemas quanto o uso da internet, acho que eles preferem praticar seus rituais no mundo real. Conhecimento religioso avançado é algo que eles não divulgam na web e usualmente eles não irão convidar alguém a tomar parte em um ritual exclusivamente online".
Korbet será uma das palestrantes na conferência espiritual. Ruah-Midbar crê que o Paganismo tem um futuro brilhante na cultura Israelense.
"No momento o Paganismo aqui não é uma prática em larga escala, mas eu creio que tem um grande potencial", diz ela. "As religiões Pagãs são as religiões que mais crescem no Ocidente e pode ser bem sucedida aqui também, porque Hebraismo e Sionismo podem se conectar com o Paganismo devido à ênfase na terra e feriados Hebraicos.
O Paganismo está em um próximo, em um inusitado paralelo de muitas práticas comuns, como Ambientalismo ou viajar para o Oriente. Na prática, não é muito diferente".
Fonte: Haaretz [link morto]
sábado, 21 de março de 2009
Norouz - Ano Novo Persa
Hoje a Terra entra no equinócio e Iranianos em todo o mundo, a despeito de suas religiões ou etnias, celebram Norouz de acordo com uma tradição milenar Iraniana.
Norouz em Persa significa o alvorecer de um novo dia é considerada a celebração mais importante do ano, é o maior simbolo da cultura e da identidade nacional do Iran, que tem sobrevivido à todas as adversidades e adversários.
Norouz é celebrado não apenas no Iran, mas também em territórios Iranianos, conhecido como o Grande Iran ou Sociedades Persas incluindo Armenia, Afganistão, Iraque, Paquistão, Turquia e outros. A tradição tem sido preservada dentro da cultura Iraniana e é celebrada por muitos que não são Iranianos no Oriente Médio, Criméia e Peninsula Balcânica.
As pessoas da cultura Iraniana, seja Zoroastrista, Juia, Cristã, Muçulmana ou outras crenças tem celebrado o Norouz precisamente no equinócio.
Os objetos essenciais para a mesa do Norouz são bem antigos e significativos, todos começando com "s":
Serkeh (vinagre);
Somaq (arbusto);
Sir (alho);
Samanu (uma pasta doce);
Sib (maçã);
Senjed (tâmara passa);
Sabzeh (brotos);
Sekkeh (moedas);
Sonbol (hiacinto);
A mesa toda energisa e envolve nossos sentidos simboliza tudo que é bom: verdade, saúde, luz, justiça, reflexão, acolhimento, vida, amor, felicidade, produção, prosperidade, virtude, imortalidade, generosidade e natureza.
Fonte: CAIS News
Norouz em Persa significa o alvorecer de um novo dia é considerada a celebração mais importante do ano, é o maior simbolo da cultura e da identidade nacional do Iran, que tem sobrevivido à todas as adversidades e adversários.
Norouz é celebrado não apenas no Iran, mas também em territórios Iranianos, conhecido como o Grande Iran ou Sociedades Persas incluindo Armenia, Afganistão, Iraque, Paquistão, Turquia e outros. A tradição tem sido preservada dentro da cultura Iraniana e é celebrada por muitos que não são Iranianos no Oriente Médio, Criméia e Peninsula Balcânica.
As pessoas da cultura Iraniana, seja Zoroastrista, Juia, Cristã, Muçulmana ou outras crenças tem celebrado o Norouz precisamente no equinócio.
Os objetos essenciais para a mesa do Norouz são bem antigos e significativos, todos começando com "s":
Serkeh (vinagre);
Somaq (arbusto);
Sir (alho);
Samanu (uma pasta doce);
Sib (maçã);
Senjed (tâmara passa);
Sabzeh (brotos);
Sekkeh (moedas);
Sonbol (hiacinto);
A mesa toda energisa e envolve nossos sentidos simboliza tudo que é bom: verdade, saúde, luz, justiça, reflexão, acolhimento, vida, amor, felicidade, produção, prosperidade, virtude, imortalidade, generosidade e natureza.
Fonte: CAIS News
A celebração nos Templos do Sol
O Equinócio Da Primavera vai ser assinalado, no próximo dia 20, entre as 07.00 e a 07.30 da manhã, frente ao portal de um antigo santuário rupestre, em Chãs, conhecido por Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora.
O enorme penedo, orientado no sentido nascente-poente, possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento e sensivelmente a mesma altura, é iluminada no centro, no momento em que o Sol nasce. Situa-se num dos pontos destacados de um planalto rochoso. Um impressionante afloramento granítico, conhecido por Tambores, com abundantes vestígios pré-históricos, entre os quais avulta o Castro do Curral da Pedra.
A curta distância de dois dos principais núcleos de gravuras paleolíticas do Parque Arqueológico: a Ribeira dos Piscos e Quinta da Barca.
É um local mágico, pleno de história e de misticismo, dos poucos lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área. O que se espera venha a ocorrer, se as condições atmosféricas o permitirem, durante os vários minutos em que a cripta do enorme penedo é atravessado pelos raios solares da manhã.
Estes megálitos, são conhecidos por alinhamentos sagrados, remontam ao período megalítico e existem em várias partes do mundo, mas sobretudo na Europa. Sendo o mais famoso o Stonehenge. Muitos destas gigantes estruturas estão em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente com os Equinócios e os Solstícios - Perpectuam memórias de verdadeiros calendários astronómicos, que antigas civilizações elegeram como especiais locais de culto – Vários estudiosos, que visitaram os templos megalíticos dos Tambores, em Chãs, conferem-lhes significado e importância e comparam-os a alguns dos mais curiosos monumentos que ainda subsistem.
O monte dos Tambores, a curta distância da aldeia de Chãs, é uma vez mais o cenário mítico para assinalar a entrada das estações do ano. Exceptuando o Inverno, que é o tempo em que o frio se instala e os dias se tornam cinzentos e frios - o local já entrou definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objectivo de saudar a Mãe-Natureza, indo ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e na região, e, por ventura, numa boa parte do nosso país, sim, dos quais, certamente legamos as nossas raízes étnicas e culturais mais profundas.
Em cerimónia simples, mas de expressivo simbolismo, pendor místico e histórico, a saudação à entrada da Primavera - a mais desejada e florida estação do ano - vai ser assinalada, no próximo dia 20, entre as 07.00 e a 07.30 da manhã, frente ao portal do antigo altar sacrificial do santuário rupestre, conhecido por Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, com momentos de música e poesia, bem-dizendo e festejando os dias primaveris e gloriosos que se anunciam.
O enorme penedo, orientado no sentido nascente-poente, possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento e sensivelmente a mesma altura, que é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol nasce. E é, justamente, esse momento, esplendoroso, que poderá ser uma vez mais observado. Graças as duas colaborações fundamentais: à compreensão dos proprietários dos terrenos, onde os dois megálitos se localizam (a Pedra do Solstício e a Pedra do Equinócio), nas pessoas da médica Teresa Marques e do seu marido, Fernando José Baltazar), bem como da inestimável colaboração de António Lourenço, da Junta de Freguesia de Chãs, bem como outras boas vontades: nomeadamente, Silvério Baltazar, Fernando Baltazar e Jacinto Lucas.
Fonte: Templos do Sol [blog alterado/morto]
quinta-feira, 19 de março de 2009
Celebração de Outono em Itu
A entrada do Outono, assim como a da Primavera, permite um momento de equilíbrio, pois é quando ocorre o fenômeno chamado de equinócio. Nesta época, a noite e o dia têm a mesma duração, portanto é propícia à busca do equilíbrio da mente, corpo e alma, entrando em sintonia com os ciclos da natureza e suas mudanças.
Pensando nesta oportunidade de celebração, a Delphoss traz novamente para Itu o grupo SemeiaDança – especializado em Danças Circulares e da Paz Universal. O evento ocorrerá no dia 21 de março, das 14h às 17h e celebrará a chegada do outono. “Manter a conexão com a natureza nos traz sabedoria. Celebremos o outono com todas as suas qualidades e particularidades!”, convida Valéria Monteiro, coordenadora do evento. “A consciência e sintonia com as estações do ano nos auxiliam perceber como estão as estações em nós, e como podemos afinar nossa resposta a elas; O compartilhar em grupo, de mãos dadas na Roda da Dança, cria o cálice sagrado para que o mais elevado em nós possa florescer, em qualquer estação”, explicam as focalizadoras do SemeiaDança, Vaneri, Arlenice e Mônica. O mesmo grupo SemeiaDança fará um encontro no dia seguinte em São Paulo, com Danças da Paz Universal (danças acompanhadas de cantos, homenageando diferentes tradições espirituais do Planeta.[Itu]
A primeira formação que o ser humano adotou no desenvolvimento da vida grupal e social foi a roda. Culturas antigas e culturas ligadas à terra perceberam a especialidade da forma circular para o estar e fazer junto.
Nela passaram a representar os ciclos da natureza: o ritmo das estações, o tempo dos cultivos (semeadura, crescimento, maturação e colheita); o pulsar dos movimentos do sol; da lua; das estrelas e dos planetas no céu; o ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos; a vida e a morte.
Adotaram-na em seus rituais de passagem (nascimento, iniciação à maioridade, união matrimonial, morte), em celebrações, ocasiões de reverência, temor, louvor, gratidão e oração à terra e à(s) divindades(s).
O círculo é uma forma geométrica especial, por simbolizar a perfeição e a plenitude que o ser humano busca atingir. Na circunferência há “n” pontos que distam igualmente do ponto central. Todos os pontos – ou todas as pessoas que neles se encontram voltadas para o centro – têm a visão de todos os demais da roda e todos são igualmente importantes na composição final que é o círculo. Este contém o vazio, que ao mesmo tempo em que garante a distância entre as pessoas, é o vazio através do qual elas estão unidas e de onde pode emergir a criação feita por todos.
Apenas compor a circunferência da roda já constitui uma criação, num espaço diferenciado e, possivelmente, sagrado. O círculo representa a aspiração humana a essa paz completa. Estar em unidade, ser um e inteiro consigo e com o criador, estar no divino, em Deus.
Religião e ciência nos falam da separação do homem do seu estado de unidade, seja através da queda do paraíso, seja ao nascer, por ocasião da saída do aconchegante útero materno nutridor e todo poderoso.
O homem trilha sua vida aspirando retornar ao estado de plenitude total. Uns se apoiam na religião para se re-ligar, outros esperam que o parceiro lhes traga este aconchego e suprimento através do amor, do ato sexual, ou de ambos; há os que se utilizam das drogas, outros que ficam em ação e trabalho compulsivo para nunca sentir o estado de falta.
Muitos vivem a combinação de vários recursos para acreditar que são plenos, ou chegar o mais próximo deste estado. Deseja-se estar num tempo/espaço/vivência com a unidade permanente.
Por sua vez as Danças Circulares também brotam dessa aspiração humana de sair da separatividade e da falta e unir Céu ( inspirador, mágico, espiritual, divino) e Terra ( humano, material, terreno) em seu ser, no seu centro, em seu coração, de forma prática e palpável, dançando.
As Danças Circulares resgatam a inspiração do homem primitivo em sentir a energia criadora da vida dentro de si, deixando brotar o movimento, ritmo, som, música, dança, e fazê-lo em círculo, em interação com os outros membros da tribo; ao mesmo tempo dão continuidade a um fio que jamais cessou de existir na história da humanidade: dançar e interagir grupalmente.
Uma forma de resgate, continuidade e criação desse tipo de vivência teve início por volta da década de 60, por via de duas iniciativas em continentes distintos, dando origem, por um lado, ao que se passou a chamar Danças Circulares Sagradas e, por outro, Danças da Paz Universal.[Semeiadança][link morto]
terça-feira, 17 de março de 2009
Holi - a celebração da primavera
Os indianos comemoraram nesta quarta-feira o festival mais divertido no país, um dia em que a rígida sociedade da Índia se torna um pouco mais relaxada e se pinta de todas as cores ou bebe uma curiosa mistura de leite com maconha.[G1]
Ele inicia nos dez dias antes da lua cheia do mês de Phalgun (Fevereiro-Março), mas é usualmente observado apenas nos últimos três dias, terminando com a lua cheia. Este é o festival da primavera dos Hindus.
Na estação da primavera todas as árvores são decoradas com flores de aroma doce. Todos elas proclamam a glória e a eterna beleza de Deus. Elas inspiram a você com alegria, felicidade e nova vida, o impulsionam para a busca do criador e o habitante interior, que está escondido dentro destas formas.
Festivais como Holi possuem seu próprio valor espiritual. Aparte dos vários entretenimentos, eles desenvolvem fé em Deus se forem propriamente observados. Os elementos religiosos do festival de Holi consite de adorar o Senhor Krishna. Em alguns lugares ele é chamado de Dol Yatra.
A palavra “dol”, literalmente, significa “um balanço”. Uma imagem de Shri Krishna, como um bebê, é colocada num pequeno berço-balanço, decorado com flores, sendo pintado com pós coloridos.
A pura e inocente dança de Krishna com as alegres vaqueirinhas – as Gopis de Vrindavana – é comemorado. Os devotos cantam o Nome de Shri Krishna e cantam canções Holi, contando as danças do pequeno Krishna com as Gopis.
Os elementos sociais durante o Holi são unidos e abraçados tanto pelo grande como pelo pequeno, pelo rico e pelo pobre. Ele reúne os iguais.
O festival nos ensina: “deixe a morte enterrar a morte”. Deve-se esquecer às coisas difíceis do ano e iniciar um novo ano com sentimento de amor, simpatia, cooperação e igualdade para com todos. Devemos tentar sentir esta unificação ou unidade com o Ser também.
Holi, também, significa “sacrifício”. Queime todas as impurezas da mente tais como o egoísmo, vaidade e luxúria, através do fogo da devoção e do conhecimento. Acenda o amor cósmico, misericórdia, generosidade, abnegação, verdade e pureza através do fogo da prática do Yoga. Este é o real espírito de Holi. Erga-se por sobre a lama da estupidez e dos absurdos e mergulhe profundamente no oceano da divindade.[Sociedade Sivananda][link indisponível/
quinta-feira, 12 de março de 2009
O culto das árvores
«Tal como aconteceu entre outros povos indo-europeus, também os Lusitanos tinham bosques e plantas sagradas. Hoje, a sua tradição perpetua-se nos galheiros com oferendas, que enfeitam os cortejos ou os bazares em dias festivos. A cornalheira do sul teria sido um arbusto sagrado, a julgar pelas histórias dos pastores. O mesmo podemos dizer do trovisto, que é considerada também como venenosa. Mas as árvores mais importantes entre as sagradas seriam o carrasco e o carvalho. O mesmo aconteceu com os Celtas, o que não é de estranhar dada a origem comum e formas de actividade sócio-económica, na fase do pastoreio. Também os Celtas se reuniam em bosques de carvalhos.
Talvez haja aqui uma referência ao simbolismo mágico-religioso do carvalho, que segundo Máximo de Tiro era o símbolo de Zeus, adorado pelos Celtas. O carvalho seria, pois, uma árvore cósmica, que ligaria a Terra ao Céu e ao Inferno. Era sinal de força, carácter que ainda não perdeu.
Alguns ditos populares podem mergulhar remotamente a sua origem nestes cultos. Por exemplo: "Se queres bolota, trepa", com o significado: "Se queres vencer, esforça-te!"Outras plantas teriam valor mágico-religioso: a artemísia, o alecrim, a bela-luz, o rosmaninho.
Simplesmente, então, a palavra era outra, significando o mesmo. Já dissemos que o radical "Carr" é dos mais antigos da língua portuguesa. "Carrasco" será um nome muito primitivo, significando o mesmo que Izeda. O topónimo "Carrazeda" reúne estas duas palavras com o mesmo significado: "Carr"+"Izeda". Algumas tribos de origem céltica, como os Eburones, os Eburovices e os Lemovives (radicais "bor" e "lem") estariam relacionadas com os nomes de árvores. E não seria só o carvalho mas o olmo ("Lemovives"), o azevinho, a sorveira, árvore rosácea de grande culto entre os Celtas irlandeses, medronheiro, etc.... Junto de muitos santuários plantaram árvores. Ainda hoje, na frente de muitas das nossas igrejas paroquiais ou de santuários de peregrinação, levanta-se uma velha árvore, que é motivo de estima e que representa sucessivas replantações da mesma planta. Em outro capítulo já nos referimos à azinheira da Senhora da Estrela, cujas bolotas serviam de remédio. Esta azinheira ficava junto da ermida.
Na Beira Alta, o negrilho é a árvore que simboliza estes cultos. Quando alguma desgraça os atinge (raio ou seca) as populações sofrem.
Não sabemos qual era a palavra na língua lusitana que significava "santuário". Há quem proponha "Carns", no sentido de altar. Em Céltico diz-se "Nemeton", que deu entre os Anglo-Saxónicos "Nimida". Na Galiza havia uma cidade chamada Nemetobriga. Os Romanos designavam os bosques sagrados por "Nemus" ou "Lucus". O radical "Nem" é comum a várias línguas indo-europeias. Significaria o Céu e "Namas", veneração. Não nos repugna aceitar que seja a palavra "Carns", pois o radical "Car" é dos mais antigos da nossa língua. A palavra "Ermida" tem semelhanças com "Nimida". O culto das árvores testemunha-se também pelos ramos que, em ocasiões difíceis, os povos do interior da Hispânia, particularmente os Celtiberos, levavam erguidos em sinal de rendição e pedido de paz.
As flores de amendoeira que as noivas depositam nos altares são aspectos desse culto às árvores. Na Grécia antiga a coroa de loiros e de carvalho adornava a fronte dos heróis.(...)
Os cristãos reagiram às árvores culturais pagãs e por isso passaram a abatê-las, como se vê pela lenda de S. Germain. (...) Também a toponímia regista muitos nomes que podem expressar sobrevivências de um culto à árvore: "Carrazeda" ("Carr"+"Izeda"), Izeda, Carvalhal, Carvalho de Égas, Carvalheira, Souto, Nespereira, Vale do Olmo, Pinheiro, Pinhel, Sobral, Sobreiro, Avelãs, Codeceiro, Figueira, Figueiredo, Abrunhosa, Marmeleiro... os brasões de algumas vilas e cidades, assim como o de famílias nobres, servem-se de símbolos que representam árvores.
(...)
Em Dadim, freguesia de Cimo de Vila da Castanheira, Chaves, há a caminho da igreja de S. João um venerando carvalho, conhecido por Carvalho da Missa. Muitos outros exemplos podem ser citados como exemplos de cristianização de cultos pagãos. (...)»
In «Os Lusitanos - Mito e Realidade», de Adriano Vasco Rodrigues, Academia Internacional da Cultura Portuguesa, 1998.
Fonte: Gladius
Talvez haja aqui uma referência ao simbolismo mágico-religioso do carvalho, que segundo Máximo de Tiro era o símbolo de Zeus, adorado pelos Celtas. O carvalho seria, pois, uma árvore cósmica, que ligaria a Terra ao Céu e ao Inferno. Era sinal de força, carácter que ainda não perdeu.
Alguns ditos populares podem mergulhar remotamente a sua origem nestes cultos. Por exemplo: "Se queres bolota, trepa", com o significado: "Se queres vencer, esforça-te!"Outras plantas teriam valor mágico-religioso: a artemísia, o alecrim, a bela-luz, o rosmaninho.
Simplesmente, então, a palavra era outra, significando o mesmo. Já dissemos que o radical "Carr" é dos mais antigos da língua portuguesa. "Carrasco" será um nome muito primitivo, significando o mesmo que Izeda. O topónimo "Carrazeda" reúne estas duas palavras com o mesmo significado: "Carr"+"Izeda". Algumas tribos de origem céltica, como os Eburones, os Eburovices e os Lemovives (radicais "bor" e "lem") estariam relacionadas com os nomes de árvores. E não seria só o carvalho mas o olmo ("Lemovives"), o azevinho, a sorveira, árvore rosácea de grande culto entre os Celtas irlandeses, medronheiro, etc.... Junto de muitos santuários plantaram árvores. Ainda hoje, na frente de muitas das nossas igrejas paroquiais ou de santuários de peregrinação, levanta-se uma velha árvore, que é motivo de estima e que representa sucessivas replantações da mesma planta. Em outro capítulo já nos referimos à azinheira da Senhora da Estrela, cujas bolotas serviam de remédio. Esta azinheira ficava junto da ermida.
Na Beira Alta, o negrilho é a árvore que simboliza estes cultos. Quando alguma desgraça os atinge (raio ou seca) as populações sofrem.
Não sabemos qual era a palavra na língua lusitana que significava "santuário". Há quem proponha "Carns", no sentido de altar. Em Céltico diz-se "Nemeton", que deu entre os Anglo-Saxónicos "Nimida". Na Galiza havia uma cidade chamada Nemetobriga. Os Romanos designavam os bosques sagrados por "Nemus" ou "Lucus". O radical "Nem" é comum a várias línguas indo-europeias. Significaria o Céu e "Namas", veneração. Não nos repugna aceitar que seja a palavra "Carns", pois o radical "Car" é dos mais antigos da nossa língua. A palavra "Ermida" tem semelhanças com "Nimida". O culto das árvores testemunha-se também pelos ramos que, em ocasiões difíceis, os povos do interior da Hispânia, particularmente os Celtiberos, levavam erguidos em sinal de rendição e pedido de paz.
As flores de amendoeira que as noivas depositam nos altares são aspectos desse culto às árvores. Na Grécia antiga a coroa de loiros e de carvalho adornava a fronte dos heróis.(...)
Os cristãos reagiram às árvores culturais pagãs e por isso passaram a abatê-las, como se vê pela lenda de S. Germain. (...) Também a toponímia regista muitos nomes que podem expressar sobrevivências de um culto à árvore: "Carrazeda" ("Carr"+"Izeda"), Izeda, Carvalhal, Carvalho de Égas, Carvalheira, Souto, Nespereira, Vale do Olmo, Pinheiro, Pinhel, Sobral, Sobreiro, Avelãs, Codeceiro, Figueira, Figueiredo, Abrunhosa, Marmeleiro... os brasões de algumas vilas e cidades, assim como o de famílias nobres, servem-se de símbolos que representam árvores.
(...)
Em Dadim, freguesia de Cimo de Vila da Castanheira, Chaves, há a caminho da igreja de S. João um venerando carvalho, conhecido por Carvalho da Missa. Muitos outros exemplos podem ser citados como exemplos de cristianização de cultos pagãos. (...)»
In «Os Lusitanos - Mito e Realidade», de Adriano Vasco Rodrigues, Academia Internacional da Cultura Portuguesa, 1998.
Fonte: Gladius
Homem infiel
Eu escrevi este conto baseado em um texto bem humorado de um negro sobre a alcunha recebida (de brancos) de que os negros são "pessoas de cor". Eu adaptei o texto para o propósito do blog e ficaria chato e sem sentido explicar cada uma das afirmações. Portanto, divirta-se.
Quando eu nasci, eu era Pagão.
Quando eu cresci, eu sou Pagão.
Quando eu estou com medo, eu sou Pagão.
Quando estou doente, eu sou Pagão.
Quando eu vou à praia, eu sou Pagão.
Quando estou com frio, eu sou Pagão.
Quando eu morrer, eu sou Pagão.
Quando você nasceu, você era Católico.
Quando você cresceu, você é Cristão.
Quando você está com medo, você é Pentecostal.
Quando você adoece, você é Espírita.
Quando você vai à praia, você é Adventista.
Quando você está com frio, você é Congregacionista.
Quando você morrer, você é Evangélico.
E você me chama de infiel?
Quando eu nasci, eu era Pagão.
Quando eu cresci, eu sou Pagão.
Quando eu estou com medo, eu sou Pagão.
Quando estou doente, eu sou Pagão.
Quando eu vou à praia, eu sou Pagão.
Quando estou com frio, eu sou Pagão.
Quando eu morrer, eu sou Pagão.
Quando você nasceu, você era Católico.
Quando você cresceu, você é Cristão.
Quando você está com medo, você é Pentecostal.
Quando você adoece, você é Espírita.
Quando você vai à praia, você é Adventista.
Quando você está com frio, você é Congregacionista.
Quando você morrer, você é Evangélico.
E você me chama de infiel?
sábado, 7 de março de 2009
Festival Anual na Tailandia
Em um templo budista em Wat Bang Prat ocorreu o festival anual de tatuagens mágicas, chamadas de yantra ou de sak yan, imagens sagradas e religiosas que são símbolos de meditação e adoração.
As marcas incluem simbolos antigos desenhados da caligrafia e numerologia e ilustrações de animais e personagens míticos.
Alguns homens tem tatuagens cobrindo a maior parte de seus corpos, atravessando seus ombros, subindo por seus pescoços e descendo por seus braços.
Os homens dizem ser possuidos pelos espiritos das tatuagens durante a cerimonia. Diversos serviçais dos templos ficam ocupados em controlar os homens enquanto eles entram em um estado de transe, mas às vezes os espectadores são pegos na confusão.
Os monges na provincia de Nakhon Pathom tem tatuado as pessoas por séculos. O procedimento permanece tradicional, com os monges usando longas agulhas para desenhar na pele dos candidatos.
Juntamente com as tatuagens vem uma lição especial dos monges sobre como cuidar do "animal espiritual" colocado no símbolo e como a tatuagem de cada pessoa pode protegê-las de lesões.
Muitos Tailandeses acreditam que as tatuagens sagradas podem evitar da má sorte e proteger seus usuários de perigos. As lendas dizem que guerreiros tailandeses tinham tatuagens para protegê-los das espadas inimigas.
Um homem na cerimônia disse que seu animal espiritual cuida dele todos os dias e ele crê que sobreviveu de um grave acidente de carro pr causa de suas tatuagens.[absolutely Bangkok][link morto]
Infelizmente o fato só foi noticiado pela Imprensa Brasileira não pelo seu valor cultural, mas por alguma característica considerada pitoresca em nosso estúpido preconceito provinciano.
terça-feira, 3 de março de 2009
A Bruxaria cresce mais rápido
Enquanto Judeus, Muçulmanos e Cristãos lutam entre si, uma religião tem se destacado à frente das outras para se tornar a crença que cresce mais rápido na América.
A religião da Caça às Bruxas se tornou a religião do futuro com a membresia explodindo, de acordo com especialistas. Isto tem trazido preocupação aos crentes nas Três Grandes Crenças. Um especlialista afirma que o numero de especialistas wiccanos está dobrando a cada trinta meses. Um livro recente entitulado "Generation Hex" da autora Marla Alupoaicei declara que será a terceira religião mais extensa no ano de 2012.
Esta explosão na membresia na Wicca foi possivel por causa do exclusão social, solidão e a necessidade de pertencer [a um grupo-NT] de acordo com Dillon Burroughs coautor do livro. Embora a Costa Ocidental e Salem, Massachussets, estão experimentando o crescimento mais rápido, grupos podem ser encontrados por todo o país [EUA-NT], incluindo os Estados do Sul e dos Montes.
Alguns anos atrás uma noticia na Austrália descreveu o crescimento da Wicca nesse país. Uma praticante, uma enfermeira chamada Lilith, disse em um artigo sobre a Bruxaria na Austrália que tudo é uma "Celebração da diversidade. Tudo é belo de seu jeito." Não é apenas a religião que cresce é também diferentes divisões em si, como as Três Grandes Religiões do Judaismo, Cristianismo e Islamismo.
Existem aqueles que são mais ou menos ortodoxos em suas crenças da mesma forma. Wicca é uma religião oficial e legal na América, noticiou o Magazine Whistleblower. Alguns consideram a Wicca uma rebelião espiritual que tem acontecido desde 1960 e tem como membros donas de casa, estudantes, professores e mesmo soldados. Ela é considerada parte da rebelião social e politica que tem acontecido por mais de 40 anos, embora é um conjunto de rituais e práticas antigas que datam de antes de Cristo, segundo as pessoas dizem.
Um grupo tem se devotado tanto quanto qualquer um no Judaísmo, Cristianismo ou Islamismo para revelar as práticas da Bruxaria e entrou neste bonde em um esforço em educar as pessoas sobre os riscos desde movimento progressivo.
Muitos praticantes da Wicca tendem a ser atraídos a ela por causa do interesse no sobrenatural e o senso de estranho que talvez as crenças majoritárias precisem olhar para esses atrativos e ter relacionamentos melhores e mais pessoais, acolhendo o estranho e fazendo as pessoas se sentirem bem vindas. Em uma época onde inclusão significa quase tudo, parece que as bruxas estão aqui para ficar.
Fonte: Digital Journal [link indisponível/morto]
segunda-feira, 2 de março de 2009
Nacionalismo e Modernidade
A despeito de todo palavrório político, o nacionalismo nos é apresentado por grande parte da literatura sobre o tema como um fenômeno político da Era Moderna.
Ou, se quisermos ir mais longe, o nacionalismo é ele mesmo um subproduto do processo de modernização.
Não é difícil entender porque, conceitualmente, só se poderia conceber o nacionalismo após o surgimento da modernidade. Isso porque a luta pela emancipação nacional liga-se indissociavelmente à busca pela construção do Estado nacional. E, como é amplamente investigado pela literatura focada no chamado “national-building”, trata-se de um complexo processo, cuja faceta mais importante talvez seja a concentração da autoridade política na figura do Estado.
Mais importante para nós, porém, será identificar o modo como esse processo se apropria de características inerentes à formação de uma identidade nacional.
Se definimos o Estado como uma instituição moderna; o nacionalismo, como a luta política para a construção de um Estado para cada nacionalidade; e a própria nação como as características históricas que dão identidade ao Estado, pareceria um passo lógico inevitável conceituar o nacionalismo como um fenômeno eminentemente moderno.
A correspondência de um Estado para cada grupo nacional, cerne da doutrina nacionalista, deu origem a circunstâncias históricas as mais diversas, dentre as quais incluem-se freqüentes guerras expansionistas patrocinadas por Estados autoritários, chegando até a abomináveis práticas de limpeza étnica, assumidas como parte necessária à “purificação” dos Estados nacionais de suas
minorias étnicas.
De todo modo, a despeito de controvérsias sobre o futuro reservado ao nacionalismo como força mobilizadora, os autores posicionados no campo “modernista” esforçam-se em delimitar, em um período histórico bem determinado, a emergência deste ideal político.
A identificação entre nacionalismo e os séculos XVIII e XIX liga-se a uma compreensão do fenômeno como indissociável ao processo de modernização. Para tanto, é preciso elaborar uma teoria que una o desenvolvimento dos dois processos, ou ao menos que os relacione de modo relevante. Em especial, o que é tomado como importante é a transformação na estrutura social levada a cabo no período. A
estratificação por estados, que impossibilita a mobilidade social e que, mais fundamentalmente, torna o indivíduo pertencente a uma parte específica da sociedade, e não à comunidade política como um todo. Nesse sentido, a própria representação política assumia um caráter por estratos, bem como tudo o mais que era regido pelo direito feudal.
A doutrina nacionalista postula a importância da etnicidade na organização política fundamentalmente por razões históricas. Na ausência de uma perspectiva mais extremada, que atribua a características discricionárias, como “raça”, cor ou religião a pertença à comunidade política, supõe-se que seja a ancestralidade comum o motivo maior a estabelecer solidariedade entre as pessoas de uma mesma região do globo.
Comprovada por meio de ritos, símbolos e costumes, a origem comum dos membros do Estado-Nação aparece como algo natural, na medida em que passam a fazer parte do cotidiano político do país, de seu imaginário coletivo e de sua vida social.
No entanto, as pesquisas históricas da segunda metade do século XX empreenderam um esforço de desmistificação de tais signos, atentando para a falta de autenticidade na qual estão mergulhados.
O nacionalismo pode então ser encarado como uma “invenção” moderna, aliado a todas as demais novidades introduzidas na arena política a partir do século XVIII.
Guardadas as devidas proporções, assim como só é possível ser conservados a partir do advento da modernidade, ainda que se pudesse ter anteriormente um comportamento tradicionalista, na medida em que é a modernidade que coloca a necessidade imperiosa de conservarmos algo prestes a erodir-se, também a possibilidade de assumirmos o nacionalismo como bandeira política só é dada a partir da própria conformação do Estado nacional, tendo em vista que é sua construção a chave para o compartilhamento de uma história comum a todos os indivíduos de uma determinada região, posteriormente projetada para o passado.
Entretanto, é certo que nem todos os sentimentos nacionalistas poderão ser concretizados, isto é, que será impossível para todas as nacionalidades formarem cada uma seu Estado nacional próprio. Além da frustração advinda do fracasso de tal empreitada, a homogeneidade étnica estatal só pode ser concretizada por meio da chacina, expulsão ou assimilação das minorias nacionais.
A existência do nacionalismo está assim à presença do Estado, de modo que, se o concebemos como instituição moderna, somos levados a delimitar o nacionalismo no mesmo contexto. A relação direta
entre o indivíduo e a autoridade política, a noção de representação e o ideário igualitário servirão como pano de fundo para tal desenvolvimento.
A própria definição do conceito de nação caminha nesse sentido. Ela seria formada por indivíduos que partilham uma mesma cultura, isto é, um sistema de idéias, signos e associações, além de modos de comportamento e comunicação comuns. Além disso, é fundamental o reconhecimento por parte dos indivíduos de que participam de uma mesma nação, por meio de suas convicções, suas lealdades e
sua solidariedade.
A estrutura social das sociedades pré-modernas teria como característica principal a cisão entre uma casta dotada de saber “letrado”, a qual monopoliza o poder político e jurídico, e todo o restante de indivíduos apartados da vida social escrita, sujeitos às leis e normas ditadas pela elite erudita. Além disso, a cultura popular está organizada de forma esparsa, não possuindo qualquer relação com as formas de legitimação da autoridade legal. Numa palavra, as fronteiras políticas eram determinadas por limites completamente diferentes das fronteiras estabelecidas pelas culturais.
O mundo social passa a ser descrito globalmente por meio de uma única linguagem, compartilhada por toda a população, e a qual se refere a todos os domínios da vida social. Não existiriam mais fatos ou domínios especiais, isolados ou privilegiados, protegidos da contaminação ou contradição de outros, e que vivam espaços lógicos próprios e independentes. Nesse sentido, o nacionalismo liga-se a um tipo específico de divisão do trabalho, marcada pela mobilidade social. Os indivíduos são libertos da rigidez, por um lado, e da estabilidade, por outro, proporcionada pelas sociedades pré-modernas.
Em comum, porém, há a idéia de que há uma importante mudança em toda a estrutura social, seja qual for o aspecto dela que queira ressaltar-se, que leva a uma transformação na organização da política em geral, possibilitando a emergência do nacionalismo.
“O nacionalismo não é aquilo que parece e, sobretudo, não é aquilo que parece ser a si próprio. As culturas que diz defender e reivindicar são muitas vezes por ele inventadas ou alteradas de modo a ficarem irreconhecíveis” (GELLNER, 1994).
Fonte: Politica/USP [link indisponível/morto]
Ou, se quisermos ir mais longe, o nacionalismo é ele mesmo um subproduto do processo de modernização.
Não é difícil entender porque, conceitualmente, só se poderia conceber o nacionalismo após o surgimento da modernidade. Isso porque a luta pela emancipação nacional liga-se indissociavelmente à busca pela construção do Estado nacional. E, como é amplamente investigado pela literatura focada no chamado “national-building”, trata-se de um complexo processo, cuja faceta mais importante talvez seja a concentração da autoridade política na figura do Estado.
Mais importante para nós, porém, será identificar o modo como esse processo se apropria de características inerentes à formação de uma identidade nacional.
Se definimos o Estado como uma instituição moderna; o nacionalismo, como a luta política para a construção de um Estado para cada nacionalidade; e a própria nação como as características históricas que dão identidade ao Estado, pareceria um passo lógico inevitável conceituar o nacionalismo como um fenômeno eminentemente moderno.
A correspondência de um Estado para cada grupo nacional, cerne da doutrina nacionalista, deu origem a circunstâncias históricas as mais diversas, dentre as quais incluem-se freqüentes guerras expansionistas patrocinadas por Estados autoritários, chegando até a abomináveis práticas de limpeza étnica, assumidas como parte necessária à “purificação” dos Estados nacionais de suas
minorias étnicas.
De todo modo, a despeito de controvérsias sobre o futuro reservado ao nacionalismo como força mobilizadora, os autores posicionados no campo “modernista” esforçam-se em delimitar, em um período histórico bem determinado, a emergência deste ideal político.
A identificação entre nacionalismo e os séculos XVIII e XIX liga-se a uma compreensão do fenômeno como indissociável ao processo de modernização. Para tanto, é preciso elaborar uma teoria que una o desenvolvimento dos dois processos, ou ao menos que os relacione de modo relevante. Em especial, o que é tomado como importante é a transformação na estrutura social levada a cabo no período. A
estratificação por estados, que impossibilita a mobilidade social e que, mais fundamentalmente, torna o indivíduo pertencente a uma parte específica da sociedade, e não à comunidade política como um todo. Nesse sentido, a própria representação política assumia um caráter por estratos, bem como tudo o mais que era regido pelo direito feudal.
A doutrina nacionalista postula a importância da etnicidade na organização política fundamentalmente por razões históricas. Na ausência de uma perspectiva mais extremada, que atribua a características discricionárias, como “raça”, cor ou religião a pertença à comunidade política, supõe-se que seja a ancestralidade comum o motivo maior a estabelecer solidariedade entre as pessoas de uma mesma região do globo.
Comprovada por meio de ritos, símbolos e costumes, a origem comum dos membros do Estado-Nação aparece como algo natural, na medida em que passam a fazer parte do cotidiano político do país, de seu imaginário coletivo e de sua vida social.
No entanto, as pesquisas históricas da segunda metade do século XX empreenderam um esforço de desmistificação de tais signos, atentando para a falta de autenticidade na qual estão mergulhados.
O nacionalismo pode então ser encarado como uma “invenção” moderna, aliado a todas as demais novidades introduzidas na arena política a partir do século XVIII.
Guardadas as devidas proporções, assim como só é possível ser conservados a partir do advento da modernidade, ainda que se pudesse ter anteriormente um comportamento tradicionalista, na medida em que é a modernidade que coloca a necessidade imperiosa de conservarmos algo prestes a erodir-se, também a possibilidade de assumirmos o nacionalismo como bandeira política só é dada a partir da própria conformação do Estado nacional, tendo em vista que é sua construção a chave para o compartilhamento de uma história comum a todos os indivíduos de uma determinada região, posteriormente projetada para o passado.
Entretanto, é certo que nem todos os sentimentos nacionalistas poderão ser concretizados, isto é, que será impossível para todas as nacionalidades formarem cada uma seu Estado nacional próprio. Além da frustração advinda do fracasso de tal empreitada, a homogeneidade étnica estatal só pode ser concretizada por meio da chacina, expulsão ou assimilação das minorias nacionais.
A existência do nacionalismo está assim à presença do Estado, de modo que, se o concebemos como instituição moderna, somos levados a delimitar o nacionalismo no mesmo contexto. A relação direta
entre o indivíduo e a autoridade política, a noção de representação e o ideário igualitário servirão como pano de fundo para tal desenvolvimento.
A própria definição do conceito de nação caminha nesse sentido. Ela seria formada por indivíduos que partilham uma mesma cultura, isto é, um sistema de idéias, signos e associações, além de modos de comportamento e comunicação comuns. Além disso, é fundamental o reconhecimento por parte dos indivíduos de que participam de uma mesma nação, por meio de suas convicções, suas lealdades e
sua solidariedade.
A estrutura social das sociedades pré-modernas teria como característica principal a cisão entre uma casta dotada de saber “letrado”, a qual monopoliza o poder político e jurídico, e todo o restante de indivíduos apartados da vida social escrita, sujeitos às leis e normas ditadas pela elite erudita. Além disso, a cultura popular está organizada de forma esparsa, não possuindo qualquer relação com as formas de legitimação da autoridade legal. Numa palavra, as fronteiras políticas eram determinadas por limites completamente diferentes das fronteiras estabelecidas pelas culturais.
O mundo social passa a ser descrito globalmente por meio de uma única linguagem, compartilhada por toda a população, e a qual se refere a todos os domínios da vida social. Não existiriam mais fatos ou domínios especiais, isolados ou privilegiados, protegidos da contaminação ou contradição de outros, e que vivam espaços lógicos próprios e independentes. Nesse sentido, o nacionalismo liga-se a um tipo específico de divisão do trabalho, marcada pela mobilidade social. Os indivíduos são libertos da rigidez, por um lado, e da estabilidade, por outro, proporcionada pelas sociedades pré-modernas.
Em comum, porém, há a idéia de que há uma importante mudança em toda a estrutura social, seja qual for o aspecto dela que queira ressaltar-se, que leva a uma transformação na organização da política em geral, possibilitando a emergência do nacionalismo.
“O nacionalismo não é aquilo que parece e, sobretudo, não é aquilo que parece ser a si próprio. As culturas que diz defender e reivindicar são muitas vezes por ele inventadas ou alteradas de modo a ficarem irreconhecíveis” (GELLNER, 1994).
Fonte: Politica/USP [link indisponível/morto]
As religiões Mesopotâmicas
A partir do culto às forças da natureza, as concepções religiosas dos antigos povos mesopotâmicos desenvolveram um complexo de crenças sobre a criação, a imortalidade e o papel do homem na Terra. Em vista do caráter teocrático das sociedades da região, tais crenças exerceram papel relevante na determinação da arte, da sociedade, da política, das leis e da economia.
As religiões mesopotâmicas abrangem as crenças e práticas religiosas que moldaram a cultura dos antigos sumérios e acadianos, bem como, de seus sucessores, os assírios e babilônios, habitantes da Mesopotâmia até pouco antes da era cristã. A religiosidade mesopotâmica influenciou também as crenças de outros povos do Oriente Médio, tais como elamitas, hititas, arameus e israelitas.
As informações sobre as religiões mesopotâmicas foram obtidas nas tábulas de argila encontradas nas ruínas da Babilônia, Nippur e Ur, da grande biblioteca reunida por Assurbanipal em Nínive (no século VII a.C.) e nos restos arqueológicos de templos, zigurates, vasos pintados e baixos-relevos.
Por volta de 4000 a.C. praticava-se o culto às forças da natureza, com frequência representadas sob formas não-humanas e consideradas divindades da fertilidade por habitantes dos pântanos, pastores e agricultores. Um segundo período começou por volta de 3000 a.C. com o culto a deuses de aparência humana. Suas atribuições e funções se distinguiam claramente, sem que nenhum deles se sobrepusesse aos outros.
No terceiro período, a partir do ano 2000 a.C., a religião passou a ter caráter mais individual e a envolver conceitos como pecado e perdão. A antiga sociedade divina democrática transformou-se numa estrutura monárquica absolutista dominada por um dos deuses.
A escrita e a literatura surgiram muito cedo na Mesopotâmia (no fim do quarto milênio a.C.) e reuniram grande número de mitos sobre a origem dos deuses, do mundo, dos homens, dos heróis e das cidades.
Entre os mais famosos, estão o poema Enuma elish, que narra a ascensão do deus arcadiano Marduk à liderança dos deuses, e o Gilgamesh, poema sobre o herói que tentou alcançar a imortalidade.
No panteão sumério, a posição mais alta era ocupada por An (Anu, para os acadianos), deus do céu, que governava as estações e o calendário. Abaixo dele estava Enlil, deus dos ventos e da agricultura, inventor da enxada e executor das decisões da assembléia dos deuses.
No mesmo nível de Enlil achava-se Ninhursag, deusa das montanhas rochosas e dos nascimentos. Enki (Ea) era o deus que presidia sobre a doce dos rios e pântanos, o criador dos homens e inventor da civilização, pai de Marduk e divindade da sabedoria e da magia. Ereshkigal e seu esposo, Nergal, reinavam no mundo subterrâneo. Acreditava-se também na existência de demônios, espíritos malignos causadores de doenças e desgraças e que deviam ser conjurados por meio de rituais de magia.
Nas religiões mesopotâmicas existiam duas concepções sobre a origem do homem. Segundo textos sumérios, o homem surgiu, assim como a planta, da cova aberta pela enxada de Enlil. No mito de Enki e Ninmah, o homem, gerado por Enki a partir do limo das águas profundas, nasceu do corpo de Nammu. O mito acadiano de Atrahasis atribui a Enki a morte de um deus rebelde cujo sangue, misturado com barro por Nintur, permaneceu em gestação no ventre de 14 deusas que deram à luz sete casais de gêmeos.
Para os mesopotâmicos, a natureza humana era ao mesmo tempo terrena e divina.
Na época das cidades-estados, os templos eram o centro da vida econômica, política e cultural. O governante encarregava-se do templo do deus da cidade, enquanto sua mulher cuidava do templo da deusa local.
Durante o segundo e primeiro milênios a.C., quando Babilônia e Assíria emergiram como estados nacionais, seus reis responsabilizavam-se pelo culto nacional e cada monarca supervisionava a administração de todos os templos em seus domínios.
Durante longo período, os soberanos foram divinizados e eram protegidos ritualmente contra qualquer ameaça ou desvirtuamento de seus poderes.
Os sacerdotes praticavam a magia (com água, fogo, pedras e ervas) e a adivinhação. Deus era representado como uma estátua de madeira preciosa banhada em ouro, mas não estava confinado nela. Os sacerdotes cozinhavam para o deus, vestiam-no e cantavam hinos laudatórios para alegrá-lo ou elegias para apaziguá-lo.
As práticas religiosas, quase sempre de caráter privado, realizavam-se no interior do templo, e só em dias especiais a imagem do deus era levada às ruas, em procissão.
Periodicamente comemoravam-se as festas do calendário sagrado, de caráter fundamentalmente agrícola, mas em ocasiões especiais realizavam-se rituais, como a purificação do rei ameaçado pelos maus espíritos envolvidos num eclipse lunar ou a designação de um substituto que corresse riscos no lugar do rei.
O papel do soberano adquiria especial importância nas festas do ano novo, na primavera e quando se celebravam o triunfo do deus sobre as forças do caos e a renovação do reino.
As sacerdotisas de sangue real eram consideradas as esposas humanas dos deuses e participavam como noivas dos rituais do casamento sagrado. Havia outras classes de sacerdotisas, muitas das quais concebidas como ordens de freiras.
Fonte: EmDiv [link morto]